FERNANDO LUIS FERREIRA
Patriarca da Família Vieira Ferreira
DESCENDÊNCIA
Pais de Joaquim Vieira Ferreira
Avós de Fernando Luis Vieira Ferreira
Bisavós de Joaquim Vieira Ferreira Netto
Terceiros Avós de José Bento Vieira Ferreira
Quartos Avós de Anamaria Nunes Vieira Ferreira
Retrato por seu Filho
Verdadeiro patriota e meu amado pai
É aquele que, na sua mocidade, em verdes anos, pugnou pela Independência do Brasil no Maranhão, naquele recanto em que se achava e que, expondo sua vida como Independente e contemplado Rebelde perante o que era então a legalidade - porque era militar - já na luta que se travou pela liberdade, alcançou, por merecimento, as patentes de tenente e capitão que Dom Pedro I não lhe quis depois confirmar, porque, feita a independência, os mais perseguidos, abandonados ou esquecidos, por esse príncipe, já Imperador, foram justamente aqueles que mais trabalharam pela libertação da pátria.
Muitos voltaram às divisas de sargento depois de terem subido à patente de tenente-coronel, como aconteceu com um bravo do Ceará, cujo nome me escapa nessa ocasião; mas meu pai suportou tudo sem se dobrar. A respeito deste fato diz ainda o Dr. César Marques em seu Dicionário, no artigo Engenheiros:
“Durante sete anos lhe recusou o governo a confirmação do posto de capitão e, até, os soldos a que tinha direito; ordenou que não usasse das insígnias desse posto, e foi, por esta ocasião que ele, no quartel general, dizendo-lhe o quartel mestre general, dr. Manoel José de Oliveira, que se apresentasse fardado com as insígnias de 2º Tenente, a que tinha sido promovido por decreto real anterior à independência, lhe respondeu:
“Sua Majestade, o Senhor Dom Pedro I, pode tudo até mandar fuzilar-me;
mas não pode forçar-me a por umas dragonas que já me honraram,
mas que hoje me degradariam.”
O posto de capitão foi-lhe confirmado a 22 de novembro de 1831, com a antiguidade de 22 de março de 1824, depois da abdicação, pela regência, etc... Estava passado o Sete de Abril. A iniqüidade caiu e a justiça triunfou. Ainda dessa vez ele tomou parte ativa a favor da liberdade da pátria.
Também em 1884, como se vê no mesmo Dicionário, apesar de ser oficial de Engenheiros, por solicitação instante do governo, sendo ministro da guerra Jerônimo Francisco Coelho, foi ele encarregado de comandar o 2º Batalhão de artilharia a pé, então em Pernambuco, e teve essa comissão porque reconheciam o seu caráter íntegro.
“Pedro Ivo, diz o Dr. César Marques, logo depois um dos chefes da Revolução Praieira, naquela província era, então, capitão comandante de uma companhia desse corpo. A esse tempo procedeu-se a uma eleição e, como os soldados tinham voto e as mesas paroquiais eram formadas por aclamação, mandou-lhe o comandante das armas, pelo seu ajudante de ordens, intimar que, no dia da eleição, meu Pai retivesse no quartel, a qualquer pretexto, o batalhão do seu comando, para que não concorresse à eleição da mesa, ao que ele recusou-se, salvo se essa ordem lhe viesse por escrito, o que descontentou o partido então dominante e deu lugar a que, na Assembléia Geral, um deputado (Uchôa Cavalcanti) fizesse acusação ao ministro da guerra por havê-lo nomeado para aquele comando.”
Ele, comandante do corpo, reuniu, sim, o batalhão; mas fez aos soldados uma fala mostrando a nobreza que devia ter o cidadão e o soldado, sobre quem pesa um duplo dever pela pátria.
Fez-lhes bem sentir que a consciência é livre e que o bem público deve ser posto acima de tudo e que o militar, cego no cumprimento do dever, não é todavia escravo; que eles eram livres, que não vendessem, pois, nem escravizassem, o seu e o voto alheio, que dessem-no a quem melhor lhes parecesse. E debandou a formatura para que, livremente, fossem votar. Este é o sentimento verdadeiro da liberdade e o respeito à consciência e ao direito alheios.
Como prêmio deste nobre ensino e exemplo, os pais da pátria daquelas terras, esses que se reputam – homens necessários – únicos no caso de governar os outros e dirigir os destinos do país, lá mesmo o quiseram matar; e esses tais políticos acusaram depois o ministro, como ficou dito, porque, efetivamente, esses ambiciosos usurpadores do poder e traidores à pátria, curvam forçosamente a cabeça, encontrando o homem de bem, mas o guerreiam ao extermínio e procuram, apóiam, promovem e galardoam os espoletas, aqueles homem que não têm caráter.
Diz o ditado que cada um liga-se com o seu semelhante.
Miguel Vieira Ferreira
Fernando Luiz Ferreira era um intelectual dado às letras, matemáticas e poesia; leitor de algumas obras escritas em francês, como as de Voltaire, por exemplo, e pouco afeiçoado à Igreja Católica, embora tenha batizado todos os filhos.
Considerava a escravidão um dos males que impedia a ação civilizatória no Brasil.
O Anjo Reificado
Adroaldo José da Silva Almeida
Dados Biográficos: Nascido em 1º de Agosto de 1803, em São Luís. Falecido em 28 de Outubro de 1877, no Rio de Janeiro. Árvore de Costados: Filho de Miguel Ignácio Ferreira e Catharina de Senna Freire de Mendonça. Neto paterno de Alexandre Ferreira da Cruz e Mariana Clara de São José de Assunção Parga. Neto materno de Joaquim Isidoro Freire de Mendonça e Maria de Santa Ana e Oliveira. Bisneto paterno de Manoel Ferreira e Francisca Ferraz. De Manoel José de Assunção Parga e Antonia Maria Clara de Andrade. Bisneto materno de Luis Freire de Mendonça. Terceiro neto paterno de Luis Vieira Ferreira e Luzia Francisca. De Antonio Jorge e Anna Gomes. Quarto neto paterno de João Luis e Isabel Ferreira. De Manoel Álvares e Maria Francisca. De Antonio Jorge. De Manoel Pires. Formação Intelectual: Formado em Ciências Matemáticas e Físicas na antiga Academia Militar, e sempre aprovado plenamente e premiado. Licença para Estudar em Portugal: Em 1823 pede licença para estudar em Portugal: 22 de Janeiro de 1823. Ofício do Governador do Maranhão, Bernardo da Silveria Pinto da Fonseca, para o Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Guerra, Cândido José Xavier, sobre o Requerimento do 2º Tenente Fernando Luiz Ferreira, em que pede licença para ir estudar em Portugal. Em anexo: 3 documentos e 1 lembrete (Ahu-Acl -Cu-009 - Caixa 167 - Doc: 12223). 7 de Abril de 1823. Informativo de A. Lima sobre o Requerimento do 2º Tenente Fernando Luiz Ferreira, em que solicita licença de viagem com destino à Corte de Lisboa. Em anexo: port. (Ahu-Acl -Cu-009 - Caixa 173 - Doc: 12574). A Homenagem: A homenagem prestada por seu filho Miguel no texto que abre essas páginas, foi publicado na Revista da USP: Revista USP - Página 82 de Universidade de São Paulo, Universidade de São Paulo Coordenadoria de Atividades Culturais – 1989: Fernando Luiz Ferreira teve que esperar sete anos para receber a confirmação... O governo lhe recusou, a Fernando Luiz Ferreira, a confirmação do posto de... Magistério: A sua vocação pedagógica é bem esplanada no artigo abaixo: Miguel Vieira Ferreira viveu em São Luis até 1842, ano em que a família mudou-se para Itapecuru Mirim. Segundo Gerônimo de Viveiros em Itapecuru Mirim havia na época pelo menos uma escola primária. Mas, Ferreira afirma que a única educação que recebera na época foi a fornecida pelo seu próprio pai. O pai ocupava-se pessoalmente de instruir os filhos, o que era comum na época. Fernando Luís Ferreira foi autor de pelo menos dois livros didáticos: Aritmética prática (1868a) e Novo Systema Métrico. Explicado ao alcance dos meninos de escola (1868b). Ambos “aprovados pela Inspetoria de Instrução Pública para uso das aulas de instrução primária”. O primeiro era “destinado aos meninos que nenhum conhecimento tiverem de Arithmetica, bem assim as pessoas que praticamente a quiserem aprender sem mestre”. Esses dados mostram a vocação pedagógica de Fernando Luiz Ferreira, que sem dúvida exerceu na formação dos próprios filhos. Um “Almanak” de 1858 registra Fernando Luis Ferreira como professor de “mechanica” da Casa dos Educandos Artífices” (Almanak do Maranhão, 1858: 86). Essa instituição de instrução pública foi criada em 1841 e estava “destinada a receber moços desvalidos, de preferência os “engeitados”, e dar-lhes instrução e primeiras letras e um ofício”. (Viveiros, 1953:15). (Religião e Regeneração Social no Maranhão - A Constituição da Mentalidade Laica nas Elites Sociais no Brasil Pré-Republicano - Paulo Barrera - Universidade Metodista de São Paulo). Professor de Desenho de Máquinas do Colégio Pedro II, na Corte, por nomeação do Governo Imperial. Diccionario Bibliographico Portuguez - de Innocencio Francisco da Silva, Pedro Wenceslau de Brito Aranha, Jose Joaquim Gomez de Brito, Alvaro Néves, Ernesto Soares, Martinho Augusto Ferreira da Fonseca – 1870 - Página 217. FERNANDO LUÍS FERREIRA, Tenente Coronel reformado do corpo de Engenheiros no Brasil, e Professor de Mechanica nas Aulas dos educandos artífices. Em 1858 era Professor de Mecânica da Casa dos Educandos Artífices: “Um “Almanak” de 1858 registra Fernando Luis Ferreira como professor de “mechanica” da Casa dos Educandos Artífices” (Almanak do Maranhão, 1858: 86). A Carga Horária: Na falta de professor na província do Maranhão, o presidente podia contratá-lo no estrangeiro por um prazo mínimo de três anos, na medida em que a “cadeira é temporária e o seu professor será conservado somente em quanto convier ao serviço público” (Lei 243, Art. 4). Assim, a aula de escultura e desenho passou a ser ministrada pelo professor Tenente Coronel Fernando Luís Ferreira, às quintas–feiras, das 6 às 8 horas da manhã, e às terças-feiras e sábados, das 17 às 19 horas. Beneficiava a todos os educandos “que se acharem aptos para as apprender, e a cada hum em particular relativamente ao officio a que se dedicar”... Lente de Geometria e Mecânica Aplicada às Artes, tendo pedido e obtido demissão. Diretor da Escola Agrícola do Maranhão em 27 de Agosto de 1864. Lente do Pequeno Seminário Episcopal nomeado pelo Exmo. Bispo Diocesano Dom Luis. Diretor da Escola Prática de Aprendizes Agrícolas do Cutim. Nomeado em 27 de Agosto de 1864. 1ª Seção – Secretaria do Governo do Maranhão. 27 de Agosto de 1864. Tendo Sua Excia. o Sr. V. Presidente da Província, por portaria desta data, nomeado a VM.ce para o cargo de Diretor da Escola Prática de Aprendizes Agrícolas do Cutim,de ordem do mesmo Exmo. Sr. assim o participo a VM.ce para seu conhecimento, e a fim de que haja de sollicitar nesta Secretaria o competente título. Deus guarde VM.ce. Snr. Ten. Cel. Fernando Luis Ferreira. (Assignado) No impedimento do Secretário. Augusto César dos Reis Raiol. Oficial Maior. A Celeuma: Também desconhecemos os fatos que envolveram Fernando Luis Ferreira e Cardoso Homem no ato de seu pedido de demissão do cargo de Lente de Geometria e Mecânica Aplicada às Artes: Cronologia das artes plásticas no Maranhão (1842-1930): pesquisa histórica - De Luiz de Mello - Página 51 - 2004 - 478 páginas: Sr. Fernando Luiz Ferreira precisa, a bem do seu direito, que pela Secretaria da Presidência da Província se lhe dê certidão do teor da informação que deu... Pintores maranhenses do século XIX: pesquisa histórica (1842-1880) - Página 81 - 2002 - 261 páginas: 20- Coronel Fernando Luiz Ferreira versus Cardoso Homem A 17 de maio aparece no jornal A Moderação uma notícia acerca da nomeação efetiva de Cardoso Homem... Obra Didática: Autor de, pelo menos, dois livros: Aritmética prática (1868a) e Novo Systema Métrico. Explicado ao alcance dos meninos de escola (1868b). Ambos “aprovados pela Inspetoria de Instrução Pública para uso das aulas de instrução primária”. Grammatica portugueza - Página 301 de Francisco Sotero dos Reis - 1871 - 304 páginas ... pelo tenente coronel reformado do corpo d'engenheiros Fernando Luiz Ferreira
... pelo tenente-coronel reformado d'engenheiro Fernando Luiz Ferreira, ...// Memoria historica da faculdade de mathematica nos cem annos decorridos... - Página 135 de Fra de Castro Freire – 1872: ... por Fernando Luiz Ferreira, ... Presidente do Conselho Administrativo do Império: Nomeado em 16 de Outubro de 1857, tendo servido por dez anos, cujo lugar só deixou quando os Conselhos do Império foram extintos. Administrador das Obras Públicas do Maranhão: Nomeado Diretor das Obras Públicas em 28 de Março de 1865: Estatutos do Instituto historico e geographico brasileiro: installado no Rio ... - Página 30 de Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro - 1878 - 13 páginas: ... Fernando Luiz Ferreira. Sempre observando e cumprindo disposições legislativas, mandou empregar a quantia de 1:000$ para a edificação da matriz de Nossa ... Parlamento Maranhense: Fez parte da 1ª Legislatura do Parlamento Maranhense, segundo Dra. Mary Vieira Ferreira Prado, em seu livro “Sublime Amor”, mas até agora não encontramos comprovação. As juntas governativas e a Independência - Página 147 de Arquivo Nacional (Brazil) – 1973: ... Fernando Luís Ferreira — Capitão Vogal da... Fato Histórico I: Foi Rebelde da Independência: Era ainda 2º Tenente em 1822 e servia no Maranhão. Entre 1822 e 22 de maio de 1824, período conhecido sob Pedro I como o do “Governo Independente”, foi distinguido em Comissão com os postos de 1º Tenente e Capitão. Normalizada em 1824 a situação no Brasil foi-lhe determinado que se apresentasse novamente fardado de 2ºTenente, com o que não concordou. Assinale-se que este fato incomum está citado à página 195 do “Dicionário Histórico-Geográfico da Província do Maranhão”, publicado em 1870, pelo Dr. César Augusto Marques, o que é acima transcrito. Sua atuação na luta pela Independência na Província do Maranhão está registrada no livro “Genealogia e Resumo Histórico”. (Sublime Amor - Mary Vieira Ferreira) Leal à causa do Império por honra e dever: História da independencia no Maranhão - Página 98 de Mário Martins Meireles – 1972: ... como fora, por exemplo, o caso daquele engenheiro, Tenente Fernando Luiz Ferreira, que justamente ... História geral do Brasil: antes de sua separação e independência de Portugal - Página 331- de Francisco Adolfo de Varnhagen, João Capistrano de Abreu, Rodolpho Garcia, Hélio Vianna – 1981: ... os quais foram acompanhados pelos Majores Higino Xavier Lopes e Francisco
Salazar Moscoso eo Segundo-Tenente de artilharia, Fernando Luís Ferreira. ... História da independência da Província do Maranhão, 1822-1828 de Luís Antônio Vieira da Silva – 1972 - Página 118: .. Academia Militar em 1825, Fernando Luís Ferreira era, em 1879, Tenente-Coronel do Corpo de Engenheiros. Nasceu em São Luís em l de agosto de 1803... Pesquisa agropecuária brasileira - Página 535 de Empresa brasileira de pesquisa agropecuária, Embrapa Informação Tecnológica, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – 1987. ... Fernando Luiz Ferreira que já lutara pela Independência no Brasil... Fato Histórico II: Foi Rebelde na Revolução Praieira, participando em favor dos Praieiros: O que se destaca de todos estes eventos durante a 1ª etapa do processo eleitoral daquele ano é a forma de participação das forças militares. Há uma clara ligação entre a oficialidade e os partidos políticos. Na Boa Vista o Corpo de Artilharia, através do seu comandante Fernando Luiz Ferreira, atuou em favor dos praieiros. (Citado por MARSON, Izabel A. Movimento Praieiro (1842-1849) Imprensa, Ideologia e Poder Político. São Paulo: Editora Moderna, 1980. p. 59. SOUZA, Francisco Belisário de. op. cit. p. 34.). Eleitor na Chapa Praieira: Foi eleito com 1427 votos. Fato Histórico III: Não temos conhecimento de sua participação na Guerra dos Farrapos, mas fazemos o registro para futuras investigações: Guerra dos farrapos: ordens do dia do general barão de Caxias (1842-1845). - Página 40 de Brazil Exército, Luís Alves de Lima e Silva Caxias, Biblioteca Nacional (Brazil), Rio Grande do Sul (Brazil). Biblioteca - 1943 - 430 páginas: ... de Castro e Cruz Ricardo José Gomes Jardin OS Majores Miguel Frias e Vasconcellos Fernando Luiz Ferreira José Xavier Garcias d'Ald" ... Fato Histórico IV: Foi Fernando Luis Ferreira quem incutiu em seus dois filhos, Luís e Miguel Vieira Ferreira o ideário republicano, levando-os a fundarem o 1º Clube Republicano do Rio de Janeiro, a assinarem o Manifesto Republicano e serem dois dos cinco primeiros Redatores do Jornal A República: O protestantismo, a maçonaria e a questão religiosa no Brasil - Página 285 de David Gueiros Vieira - 1980 - 409 páginas: Foi presidida pelo Coronel Fernando Luís Ferreira, pai de Miguel e Luiz Vieira Ferreira e parente do Senador Visconde Vieira da Silva. Ressalto que o seu 3º filho, o Tenente Coronel Joaquim Vieira Ferreira (V. Meus 3º Avós) escapou das preleções republicanas do Pai, tornando-se monarquista ardoroso, o que lhe valeu o ostracismo na Republica que seus irmãos ajudaram a proclamar. Fato Histórico V: Abolicionista convicto, em suas terras os escravos eram tratados com respeito e, quando houve uma agressão por parte de um deles, ao invés do tronco, Fernando Luis lhe deu a liberdade, assinando sua Carta de Alforria. Comandos: Estava destacado em Caxias, no Maranhão, como 2º Tenente, comandando a Força de Artilharia. Caxias das aldeyas altas: subsidos para a sua história de Milson Coutinho - 2005 - Página 85: ... artilheiro Fernando Luís Ferreira. Entrementes, apertava-se o cerco dos independentes, que puseram sítio à vila a partir de 20 de maio. // A guerra do Fidié - de Abdias Neves - 1974 - 274 páginas - Página 241: ... Fernando Luís Ferreira, 2.a Tenente de Artilharia; José Tavares de Oliveira, Alferes de 1.a Linha; António José da Silva e Sousa, Alferes de Cavalaria;... Em 1844, era Comandante do Exército em Pernambuco. Verbete do César Marques: “Fernando Luís Ferreira”: Tenente coronel do Corpo de Engenheiros. Ainda vive êste estudioso, trabalhador e metódico engenheiro, filho legítimo do Tenente-Coronel Miguel Inácio Ferreira (maranhense) e sua mulher D. Catarina de Sene Freire de Mendonça (pernambucana). Nasceu a 1 de agôsto de 1803, na cidade de São Luís, capital da Província do Maranhão. Assentou praça em 29 de setembro de 1820 e foi reconhecido cadete de 1a classe. Foi promovido a 2o Tenente de Artilharia em 26 de março de 1821, a 1o Tenente e a Capitão até 22 de março de 1824, sendo-lhe êstes dois postos conferidos pelo Govêrno Independente (como então se chamava na Província). No tempo da guerra da Independência, estêve destacado em Caxias, como 2o Tenente, comandando a fôrça de artilharia às ordens do comandante das Armas do Piauí, o Major J. J. da Cunha Fidié, que se achava então fortificado no Morro da Taboca, e aí foi prêso à ordem do General, Governador das Armas do Maranhão, Agostinho Faria “por ter saído pronunciado na devassa a que se procedeu contra os amantes do feliz sistema que nos rege”, e quando vinha para a capital, foi encontrado por uma tropa de paisanos daquela vila, e então foi resgatado com indizível perigo de sua vida, ficando morto o oficial seu condutor, e êle levemente ferido. O condutor era um negociante português estabelecido em Caxias, Tenente de Milícias, de nome Custódio Manuel. Êste acontecimento teve lugar rio abaixo na fazenda de outro português, lavrador, chamado Malhão, a 24 horas de viagem daquela cidade, então vila. Depois dêste sucesso acompanhou sempre aquela tropa indisciplinada, e a pôs em estado de se poder comparar a um Corpo de 1a Linha, isto com a maior prudência, amor e entusiasmo patriótico; e persistiu assim até a capitulação daquela vila, e o rendimento de Fidié, onde entrou comandando a Artilharia do Ceará, debaixo das ordens do govêrno da delegação do Ceará e Piauí. Tendo o Comandante das Armas, José Félix Pereira de Burgos, prendido a Junta do Governo Civil, cujo presidente era o advogado Miguel Inácio dos Santos Freire e Bruce, fundado em uma representação que fêz assinar, à mão armada, no quartel do Campo de Ourique pela oficialidade das tropas de 1a Linha, em que se exigiu essa prisão, com declaração de que as tropas não largariam as armas enquanto ela não fôsse efetuada, recusou-se êle, Ferreira, a assinar, e nisso foi seguido por tôda a oficialidade dos Corpos de Artilharia e Polícia, pelo que foi tôda prêsa e remetida para uma Presiganga, que se achava fundeada fora da barra. Estando já recolhido prêso no Forte da Ponta da Areia o dito govêrno civil. Achando-se êsses oficiais em viagem para a Presiganga, os soldados dos ditos dois corpos fizeram a reação no quartel de onde resultou grande tiroteio e a morte do Capitão Carlos Burgos, irmão do dito João Félix, e a fuga dêste. Sôlto o govêrno civil, deu êste caça ao Comandante das Armas, que foi prêso em Alcântara, e remetido para a côrte, sendo encarregado de acompanhá-lo e apresentá-lo com os ofícios ao govêrno imperial o dito Capitão Fernando Luís Ferreira. Era então Presidente do conselho de Ministros João Severiano Maciel da Costa, e da guerra o Barão de Lajes, depois Conde de Lajes. Cumprida a sua comissão, matriculou-se no 1º ano da Academia Militar no ano de 1825. Durante sete anos lhe recusou o govêrno a confirmação do pôsto de capitão e até os soldos a que tinha direito; ordenou que não usasse das insígnias dêsse pôsto, e foi por essa ocasião que êle no Quartel-General, dizendo-lhe o Quartel-Mestre-General, Dr. Manuel José de Oliveira, que se apresentasse fardado com as insígnias de 2o tenente, a que tinha sido promovido por decreto real anterior à Independência, lhe respondeu: Sua Majestade, o Sr. D. Pedro I, pode tudo, até mandar fuzilar-me; mas não pode forçar-me a pôr umas dragonas que já me honraram, mas que hoje me degradariam. O pôsto de capitão foi-lhe confirmado a 22 de novembro de 1831, com antiguidade de 22 de março de 1824, depois da abdicação, pela primeira Regência, sendo Ministro da Guerra, o Coronel Manuel da Fonseca Lima, depois Tenente-General e Barão de Suruí. No Rio de Janeiro estudou, pois, o curso completo de ciências matemáticas e físicas na antiga Academia Militar, depois Escola Militar, onde foi sempre aprovado plenamente até premiado. Foi professor de desenho de máquinas por nomeação do Governo Imperial, no Colégio de Pedro II, na côrte. Fez parte do corpo de oficiais-soldados, por ocasião da revolta das tropas na época da abdicação de D. Pedro I. Foi comandante de uma esquadra de Municipais-Provisórios, que eram constituídos por simples cidadãos, que pegaram em armas para defender a cidade, por ocasião dessa mesma revolta. Assistiu ao tiroteio, que houve no Teatro de São Pedro, como comandante dessa esquadra. Serviu no Corpo “Municipais-permanentes” desde a criação dêste, já depois de concluído o seu curso acadêmico. Veio para esta Província em 1833, como oficial avulso. Passou a comandar o Corpo de Artilharia da Província, e depois em 1835 fêz passagem para o Imperial Corpo de Engenheiros no mesmo pôsto de capitão, que ainda tinha, sendo Ministro da Guerra o dito José Félix de Burgos, que anteriormente levara prêso para a côrte. Em 1844, tendo ido com licença ao Rio de Janeiro, o Ministro da Guerra, Jerônimo Francisco Coelho o encarregou do comando do 2o Batalhão de Artilharia a Pé em Pernambuco, apesar de ser tenente-coronel do Corpo de Engenheiros. Aceitando a comissão, pediu logo dispensa dela, por ter sua família em Maranhão, o que deu lugar a comandar por pouco tempo aquêle Corpo. Pedro Ivo, logo depois um dos chefes da Revolução Praieira, naquela Província, era então capitão comandante de uma das Companhias dêsse Corpo. A êsse tempo procedeu-se a uma eleição, e como os soldados tinham votos e as mesas paroquiais eram formadas por aclamação mandou-lhe o Comandante das Armas, pelo seu ajudante-de-ordens, intimar que no dia da eleição retivesse no quartel, a qualquer pretexto, o batalhão de seu comando, para que não concorresse à eleição da mesa, ao que êle recusou-se, salvo se essa ordem lhe viesse por escrito, o que descontentou o partido então dominante, e deu lugar a que na Assembléia Geral um deputado pernambucano (Uchoa Cavalcante) fizesse acusação ao Ministro da Guerra por havê-lo nomeado para aquele comando; mas a êsse tempo já êle estava dispensado da comissão, como pedira, e se achava novamente em Maranhão. Pediu e obteve sua reforma no pôsto de tenente-coronel a 9 de agôsto de 1848. Foi quem fêz as fortificações passageiras no Icatu no tempo da Balaiada e a do Alto das Carneiras, tendo nesta como ajudantes os Oficiais de Engenheiros José Joaquim Rodrigues Lopes e João Vito Vieira da Silva. Em 1840 foi encarregado de fundar a Colônia Indígena de São Pedro do Pindaré. A 16 de outubro de 1857 foi nomeado presidente do Conselho Administrativo onde serviu, por 10 anos, e cujo lugar só deixou quando foram extintos êsses Conselhos no Império. Foi nomeado lente de geometria e mecânica aplicadas às artes, lugar de que pediu e obteve demissão. Foi nomeado diretor da Escola Agrícola desta Província em 27 de agôsto de 1864, lugar que serviu por pouco tempo, e no qual não foi substituído por ter sido então estinta essa Escola. Foi nomeado diretor das Obras Públicas a 28 de março de 1865, depois da extinção dos Conselhos Administrativos. Desde que exerce êste êmprego foram feitos sob sua imediata direção: o cano do ribeirão; o 3º raio da Cadeia Pública; o cais, rampa e escada do Portinho; além de projetos diversos e muitos outros trabalhos. Além de tudo isto é muito hábil desenhista, e tem muito gôsto para êstes trabalhos. É chefe de uma estimável família, e tem a fortuna de contar tres filhos engenheiros, todos distintos, que são os seguintes: Miguel Vieira Ferreira - Nasceu na capital desta Província a 10 de dezembro de 1837. Estudou preparatórios no Liceu da mesma cidade, e matemáticas na Escola Central da Côrte, onde tomou o grau de bacharel a 10 de dezembro de 1859, e depois defendeu teses e tomou o grau de doutor em Ciências Físicas e Matemáticas em 1863. Foi alferes-aluno e 2o tenente de Engenheiros , de que pediu e obteve demissão. Foi ajudante do Observatório Astronômico da Côrte, e membro da Comissão de Limites do Peru. Escreveu um opúsculo que intitulou – ensaio sôbre a Filosofia Naturala, ou Estudos Cosmológicos – que publicou em 1861. Escreveu e publicou uma série de artigos sôbre a questão – Anglo-Brasileira – vulgarmente chamada – Questão Christi -, e um folheto que intitulou – Considerações sôbre o Progresso Material da Provïncia do Maranhão - ; redigiu o periódico – Artista – jornal de pequeno formato, dedicado à indústria em geral e especialmente às artes. Sendo ainda 2o. Tenente de Engenheiros e por pouco tempo empregado no Maranhão deu um plano e orçamento para a construção de uma ponte no rio Mocambo, comarca do Brejo, o qual foi levado a efeito por arrematação. Apresentou um plano e orçamento para a desobstrução do rio Mearim no lugar denominado a – Lajem Grande. Deu um projeto desenvolvido e o orçamento de um dique para construções mercantes na praia de Santo Antônio. Fêz uma demonstração das causas do deterioramento dos paredões que sustentam o edifício da Tesouraria da Fazenda. Todos os desenhos, que são numerosos, pertencentes a êsses trabalhos, existem na repartição das Obras Públicas, e as Memórias ou textos talvez se encontrem na Secretaria do Govêrno do Maranhão. Foi administrador da Casa da Fundição da Companhia de Navegação Fluvial, e depois gerente da mesma Companhia. Deu um plano e organizou uma companhia para a fundação de um banco hipotecário industrial, cujos estatutos, sendo remetidos regularmente ao Govêrno Imperial, até hoje não tiveram solução. Quando deixou a vida militar, comprou, melhorou, e reformou a fábrica de tijolos a vapor, conhecida pelo nome de Itapecuraíba, em terras fronteiras à capital. Infeliz nesta emprêsa, retirou-se para o Rio de Janeiro onde sem dúvida serão melhor aproveitados o seu talento e saber, atividade e perseverança. É um dos sócios instaladores do Instituto dos Engenheiros na côrte, do Instituto Literário do Maranhão, e da Sociedade Manumissora 28 de julho. Luiz Vieira Ferreira - Nasceu na capital do Maranhão em 15 de abril de 1835. Estudou preparatórios na dita cidade, e matemática na Escola Central da Côrte, e suas aplicações àguerra na Escola Militar. É bacharel em Ciências Físicas e Matemáticas. É capitão do Estado-Maior de 1a Classe do Exército. Em Maranhão nunca foi empregado, nem como engenheiro, nem de qualquer outro modo. Joaquim Vieira Ferreira - Nasceu na capital do Maranhão em 9 de fevereiro de 1841. Estudou nas mesmas escolas que o primeiro, e como êle é bacharel nas mesmas ciências. Sendo alferes-aluno da Escola Central pediu demissão e obteve-a; é hoje paisano. Como engenheiro por pouco tempo na Província, já sendo paisano, fêz a pedido de particulares um projeto e orçamento de uma igreja matriz para a vila do Coroatá; e por comissão do Govêrno da Província inspecionou a ponte do Mocambo no Brejo, que estava em seu primeiro período de construção; e levantou a planta e nivelamento do canal Arapapai, estando já suspenso o seu andamento. Consta êste trabalho, além da memória explicativa, de 19 estampas grandes e encadernadas, formando um volume o qual foi remetido pelo Presidente da Província ao Ministro da Agricultura. Deu um projeto de construção de açudes para provimento de águas a fim de servir de bebedouro nos campos de criar em tempo de sêca. Deu também um parecer sôbre a estrada, que atravessa o Campo das Pombinhas, mas não fêz estudos regulares. (Marques, César Augusto. Dicionário Histórico-Geográfico da Província do Maranhão. 1870. Página 259,260 e 261) Verbete de Sacramento Blake: Fernando Luiz Ferreira. Filho do tenente-coronel Miguel Ignacio e de dona Catharina de Senna Ferreira de Mendonça e pae de Luiz e Miguel Vieira Ferreira, dos quaes occupar-me-hei mais tarde, nasceu na capital do Maranhão a 1 de agosto de 1803 e falleceu no Rio de Janeiro em 1879. Bacharel em mathematicas e sciencias physicas pela academia militar, serviu no corpo de engenheiros, reformando-se em 1848 no posto de tenente-coronel, depois de muitos e valiosos serviços prestados desde a abdicaçào de dom Pedro I. Escreveu: Arithmetica pratica: compendio para a instrucção primaria, adoptado pela presidencia da província do Maranhão, para as aulas de primeiras letras. Maranhão, 1856.// Compendio do systema metrico. Maranhão… - Nunca o vi; sei, porém, que é um dos melhores compedios sobre o assumpto. // Informação acerca da amissão dos Guajajaras no rio Pindaré – O original de 5 fls. In-fol. Pertence ao Instituto Historico. Este autor foi um dos redactores do Artista: Jornal dedicado à industria e principalemente às artes. Maranhão, 1868, in-4o. (Blake, Augusto Victorino Alves Sacramento. Diccionario Bibliographico Brazileiro. Volume 2. 1893. Páginas 340, 341. Rio de Janeiro. Imprensa Nacional). Engenheiro: Fez as fortificações passageiras no Icatu, no tempo da Balaiada e a do Alto das Carneiras tendo como ajudante os Oficiais Engenheiros José Joaquim Rodrigues Lopes e o seu cunhado João Victo Vieira da Silva. (V. Meus 5º Avós, Luiz Antonio Vieira da Silva e Maria Clara Gomes de Sousa) História do Maranhão: novos estudos - Página 203 de Wagner Cabral da Costa – 2004. Seu pai foi o Tenente- Coronel Fernando Luiz Ferreira (1803-1877) que, de acordo com a fonte utilizada, foi quem fez as fortificações passageiras no Icatu... Autor da Planta da Vila de São Bento, medindo 0m,526 x 0m,790, cópia de 1847, a aquarela, e outra cópia de 1875, que fazem parte do Acervo da Biblioteca Nacional (Rio de Janeiro, Anais 1881-1882, Volume 9, Tomo I, Página 219, Registro 2145. Exposição do Archivo Militar). Co-Autor da Planta de parte do Morro do Castelo: Catálogo de plantas e mapas de cidade do Rio de Janeiro: 1750-1962 - Página 43 de Arquivo Nacional (Brasil), Arquivo Nacional (Brazil). - 1962 - 82 páginas... Fernando Luiz Ferreira, Manoel Clementino Carneiro da Cunha Aranha. Rio de Janeiro, 1876. Esc. 1:500 1,09 X 0,80 cm mss 4 fls. ... Co-Autor do Mapa da Província do Maranhão: Caxias e o seu govêrno civíl na província do Maranhão: (apontamentos para... - Página 148 de Astolfo Serra, Brazil - 1943 - 176 páginas: ... trabalhos foram encarregados o major Fernando Luiz Ferreira, o capitão José
Joaquim Rodrigues Lopes, o 1° tenente João Vitor Vieira da Silva, ... A Carreira segundo o Almanak Laemmert: Em 1832, é citado como Capitão, recebendo o soldo de 360U (Almanak, Ministério da Guerra, 1832, Página N4). Em 1837 é citado como Major de Engenheiro recebendo o soldo 600$000 (Almanak, Ministério da Guerra, 1837-1, Página 53) No Almanak, de 1838, às páginas 30, 34, 35 e 40, Presidencial do Maranhão, era Major Engenheiro, encarregado da recuperação da fonte do Apicum, em fase de conclusão, com orçamento além do previsto pelos motivos que ele oferece no Ofício de 3 de Fevereiro. Estava encarregado também de examinar a fonte do Mamoin e informar sobre os consertos necessários. Foi encarregado também, pelo Presidente da Província de analisar, orçar e planejar a construção de um canal do porto de Tucupai ao do Carvalho - em terreno de meia légua - comunicando as águas do rio Pericuman às do mar que banha as praias de Alcântara. Obra essa reclamada como de utilidade para o aumento da cidade e da indústria, e riqueza do interior da Comarca. Em 1843, como Major Engenheiro da Província do Maranhão conforme notas a seguir: “Se o estado da illuminação é máu, o das fontes é inda mais deploravel. O melhoramento da do Apicum pouco tardará a concluir-se, execendendo porem a sua despesa da orçada, pelos motivos que dá o Major Engenheiro Ferreira no seu ofício de 3 de Fevereiro d´este anno, que vos será apresentado.”“Tendo o mesmo Major recebido ordem do Governo para examinar a fonte de Mamoin, e informai-o dos concertos, que n´ella conviesse de fazer, e da despesa, que ocasionasse, representou, que, como devia reconstruir-se sobre um plano inteiramente diverso, convinha aguardar a sua execução para o tempo, em que o reparo da outra lhe fornecesse alguma experiencia. As indagações, que nas demais fontes desta Cidade, e de seus suburbios, tem de ser feitas por ambos os Engenheiros habilitarão o Governo para as melhoras da maneira compativel com as nossas circunstancias pecuniarias.” (Almanak, Província, 337, p. 34, 35) “... Se era possível diminuir sua extenção, e a importância das despezas orçadas pelo Major de Engenheiros Fernando Luis Ferreira em 1,060,800$000 rs, no caso de ser toda ella macdamisada na actual direcção.”(Almanak, Província, 1843, p. 7) De meras informações pude ajuizar da necessidade do canal proposta; mas, para que podesseis com conhecimento de causa authorisar a sua empresa, que se me antolha importante, ordenei ao Major d´ Engenheiros Ferreira o exame do local a fim de obter um esclarecimento satisfactorio sobre o orçamento da despesa, utilidade da obra e melhor meio de sua execução. (Discurso do Presidente da Província Antonio de Miranda: Almanak, 1841, 337, page 39 e 40) No Almanak, de 1844, à Página 146, era Major, no Maranhão. Em 1844 era Tenente Coronel Graduado, em serviço no Maranhão. Em 1845, à Página 149, era Tenente Coronel Graduado, servindo em Pernambuco. Em 1846, à Página 152, era Major do Imperial Corpo de Engenheiros. Em 1872, à Página 291, consta da lista de Oficiais Reformados Residentes na Corte, reformado como Tenente-Coronel. 1884, à Página 146. Em 1876, Segundo o Almanak, à Página 408, era Engenheiro Auxiliar da Inspetoria Geral das Obras Públicas da Corte, no Campo da Aclamação, 31, subordinado ao Ministério da Agricultura, residente na Rua Bella de São João, 57. Em 1877, no Almanak, à Página 380, era Engenheiro das Obras Públicas, na Corte, Rua Conde de Bonfim, 56. Posto de Tenente Coronel: Segundo a Dra. Mary Vieira Ferreira Prado, em seu livro “Sublime Amor”, Fernando Luiz Ferreira pediu e obteve sua reforma no Posto de Tenente-Coronel em 9 de Agosto de 1848, voltou à ativa e foi reformado, em 1872, como Tenente-Coronel, época em que residia na Corte. Está registrado nos Anais da Biblioteca Nacional, 1941, Volume 63, Página 39, como Major. Conselho Administrativo de Fardamentos: Presidente do Conselho Administrativo de Fardamentos do Maranhão em 1863. Membro do Ateneu Maranhense: Sócio Efetivo em 9 de Março de 1864, em São Luís (Texto dos Discursos em Meus 4º Avós, Obras, Diário de Fernando Luis Ferreira) Membro da Associação Tipográfica Maranhense: Eleito em 6 de Julho de 1869 como Sócio Honorário. (Texto dos Discursos em Meus 4º Avós, Obras, Diário de Fernando Luis Ferreira). Elogio Fúnebre ao Primo Ilustre: Foi Fernando Luis quem fez o discurso fúnebre no sepultamento de João Francisco Lisboa, seu primo por parte paterna, representando a Comissão do Atheneu Maranhense, ao lado de Eduardo de M. Rego, o outro orador: Obras de João Francisco Lisboa, natural do Maranhão - Página CXCIX de João Francisco Lisboa, Antonio Henriques Leal – 1864. ... tenente-coronel Fernando Luiz Ferreira e «Eduardo de M. Rego, como membros da commissão ... Orador: Na Solenidade de Posse da nova Diretoria da Associação Luso-Maranhense, em 16 de Janeiro em 1864, no Maranhão. Na Solenidade em que se tornou Sócio Efetivo do Atheneo Maranhense, em 9 de Março de 1864, em São Luís. Na Sessão Magna de posse da nova Diretoria do Atheneo Maranhense, em 3 de Junho de 1864. Escultor: Fez a escultura do Conde de Beaurepaire, Jacques Antonio Marcos, pai de seu grande amigo dos tempos da caserna, General Henrique Beaureparie Rohan: Beaurepaire, Jacques Antonio Marcos, Conde de, em busto, miniatura pelo Dr. Fernando Luiz Ferreira, s.d., N. 17 de Novembro de 1770 F. 26 de Julho de 1836, Exposição General Henrique Beaureparie Rohan, Registrado sob o número 552, nos Anais da Biblioteca Nacional, 1881 - 1882, Volume Nove, Tomo II, número 18480. Jornal O Artista: Em 1868, fundou o Jornal O Artista, dedicado à indústria e principalmente às Artes, no Maranhão, semanário, com edições aos domingos. Nessa época, residia na Rua da Viração, no. 1, em São Luís do Maranhão, como consta do cabeçalho de uma das edições do jornal “O Artista”. O Artista e a Tribuna Artística: Em 1º de março de 1868 começou a circular, em sua "segunda série", O Artista, de São Luís, semanário dirigido por Fernando Luís Ferreira. A respeito, Joaquim Serra fez a seguinte apreciação: "Era publicação assaz interessante e de muita utilidade. Sustentou porfiada luta em favor das classes operárias e instituiu largo e luminoso debate sobre variados assuntos de interesse provincial." (Viagem pelo movimento operário dos séculos 19 e 20 por Lincoln de Abreu Penna em 11/9/2007 - Observatório da Imprensa). ... do órgão era Fernando Luís Ferreira. 6. Escreve Garcia que "1878 foi um momento de grande significação histórica do movimento operário e ... (Marx, o socialismo e o Brasil - Página 132 de José Nilo Tavares - 1983 - 157 páginas) Os redatores eram seus filhos: Engenheiros Dr. Luiz Vieira Ferreira, Joaquim Vieira Ferreira e Miguel Vieira Ferreira. O Jornal ‘O Artista’, no. 34 de 1863, faz uma lista das artes praticadas na cidade de São Luís: Desenho, pintura de paisagem, pintura de figura e retrato, cenografia, desenho fotográfico, escultura, música, dança, esgrima, etc. Geralmente, os professores desses cursos eram artistas que passaram por esta cidade. (Diversidade cultural maranhense no século XIX - Lucy Mary Seguins Sotão & Josimar Mendes Silva) Revista dedicada â industria e principalmente ás artes, sendo de propriedade e
redacção do Dr. Fernando Luiz Ferreira e ... (Revista do Instituto historico e geographico brazileiro de Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Alfredo de Carvalho – 1908 - Página 180) Foi o tenente-coronel Fernando Luiz Ferreira o fundador de «O Artista», — um dos melhores ... em 1879 o tenente- coronel Fernando Luiz Ferreira. ... (Ephemerides maranhenses: datas e factos mais notaveis da historia do... - Página 83 de José Ribeiro do Amaral – 1923) Sob a redacção dos engenheiros Fernando Luiz Ferreira e seus filhos Drs. Luiz Vieira Ferreira, e Miguel Vieira Ferreira,... (Sessenta annos de jornalismo: a imprensa no Maranhão, 1820-1880 - Página 53 de Joaquim Maria Serra Sobrinho, Joaquim Serra - 1883 - 153 páginas). Novos Métodos Agrícolas no Maranhão: Rico Fazendeiro em Itapecuru Mirim, introduziu novos métodos de cultura, que incluíam a utilização do arado, tendo sido por isso censurado. Fundador da Cidade de Pindaré Mirim: As primeiras décadas do século XIX transcorreram sem que se registrasse eventos ou medidas de maior destaque no campo do relacionamento da sociedade regional com os Guajajara. O ano de 1840 representou um marco na retomada, já no contexto imperial, do incremento da política clientelística para com os Guajajara. Neste ano, o Tenente-Coronel do Imperial Corpo de Engenheiros, Fernando Luis Ferreira, foi enviado ao baixo Pindaré, pelo Coronel Luís Alves de Lima e Silva (futuro Barão e Duque de Caxias, então no comando das tropas que combatiam a Balaiada), para elaborar e colocar em execução um “plano de civilização” para os Guajajara, visando assegurar a defesa da região contra incursões dos rebelados, e que os índios não viessem a aderir a eles. Este plano resultou na criação da Colônia São Pedro do Pindaré (Marques 1970, p. 206). Várias outras “colônias” viriam a ser criadas nos anos seguintes, abrangendo outros grupos Guajajara: Colônia Januária (1854), Aratauhy Grande, Palmeira Torta e Dous Braços (entre 1870 e 1873). (A Insustentável Leveza do Estado: Devastação, Genocídio, Doenças e Miséria nas Fronteiras Contemporâneas da Amazônia, no Maranhão - István van Deursen Varga) ... participando que tendo sido o Major d'Engenheiros, o Sr. Fernando Luiz Ferreira, encarregado pelo Governo d´aquella Província da fundação de uma missão de Índios... (Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro - Página 216 de Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Instituto historico, geografico e ethnographico do Brasil – 1863) Seu organizador foi o tenente-coronel Fernando Luiz Ferreira, enviado pelo governo provisório do coronel Luiz Alves de Lima e Silva, então chefe das tropas... (O índio na história: o povo Tenetehara em busca da liberdade de Mércio Pereira Gomes - 2002 - 631 páginas - Página 224) Expedi o major de engenheiros Fernando Luiz Ferreira, com um missionário, (Revista trimensal de historia e geographia, ou, Jornal do Instituto...de Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro – 1870 - Página 359) A história de Pindaré Mirim remonta ao século passado. Em 1840, na margem direita do Rio Pindaré, foi instalada uma colônia de índios Guajajaras pelo Tenente Coronel Fernando Luis Ferreira, do Imperial Corpo de Engenheiros. O Município de Pindaré-Mirim, cuja denominação é de origem Tupi-Guarani (pinda: anzol; mirim: pequeno), teve anteriormente outros nomes. Inicialmente foi chamado Engenho Central e em seguida Vila São Pedro. Seu povoamento teve origem em imigrações espontâneas procedentes do Piauí e do Ceará, que se dedicaram prioritariamente à lavoura. Desmembrado do Município de Monção, foi criado pela Lei Nº 1.052, de 10 de abril de 1923, com o nome de São Pedro, extinto pelo Decreto Estadual Nº 75, de 22 de abril de 1931 e restabelecido pelo Decreto Nº 121, de 1º de julho do mesmo ano. A sede tornou-se cidade pelo Decreto Nº 45, de 29 de março de 1938 e situa-se à margem direita do Rio Pindaré, no local onde antes existiu a Colônia São Pedro, instalada em 1840 pelo Tenente-Coronel Fernando Luis Ferreira, e habitada por índios Guajajaras. (Prefeitura Municipal de Pindaré Mirim) Relato da Fundação da Colônia Indígena Guajajaras: Deixou o manuscrito “Exposição a cerca da Civilização dos Guajajara do Rio Pindáre no Maranhão”, que faz parte do acervo da Biblioteca do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Rio de Janeiro: Conforme Informação de Fernando Luiz Ferreira, datada do Maranhão a 30 de Março de 1842, acerca da Missão de Guajajaras do Rio Pindaré, original em folhas, registrada nos Anais da Biblioteca Nacional sob o número 797, de 1881 -1882, Volume Nove, Tomo I, Registro 9267, Exposição do Instituto Histórico. O Manuscrito faz parte da Bibliografia Guajajara de Peter Schöder, Recife, 2002. Esta bibliografia foi escrita como subsídio para pesquisas e outros trabalhos que têm a ver com os índios Guajajara do Maranhão. A estrutura foi escolhida segundo os critérios dos livros da série "Povos Indígenas no Brasil", do antigo CEDI (Centro Ecumênico de Documen¬tação e Informação). A grande maioria dos textos alistados encontra-se no arquivo do Conse¬lho Indigenista Missionário do Maranhão (CIMI-MA) em São Luís e no Instituto Sócio-Am¬biental (ISA) em São Paulo. Fé de Ofício: Serviu o Exército por 28 anos: Data de Praça: 29 de Setembro de 1820. Data da Reforma: 9 de Agosto de 1848 por Resolução Imperial. Tempo de Serviço: 28 Anos. Vida Escolar: Real Academia Militar de 10 de Dezembro de 1825 a 22 de Novembro de 1831. Cursos: Artilharia. Vida Profissional: 11º Corpo de Artilharia / 5º Corpo de Artilharia / Comandante do 2º Batalhão de Artilharia de Pé. Promoções: 1º Cadete em 10 de Outubro de 1820/ 2º Tenente em 26 de Março de 1821/ 1º Tenente em 13 de Outubro de 1823/ Capitão em 22 de Março de 1824/ Major Efetivo em 13 de Setembro de 1837/ Tenente Coronel em 14 de Março de 1844/ Em 1833 foi promovido a Comandante do Corpo de Artilharia, no Maranhão. Comandante do 2º Batalhão de Artilharia em Pernambuco. Corpo de Engenheiros: Passou para o Corpo de Engenheiros em 20 de Maio de 1835. Comissões: Participou da Comissão de Obras de Fortificação da Capital Maranhense por ocasião da Balaiada (Fé de Ofício: Pasta- III - 16 - 84 - SAP - AHEX, Almanaques de Oficiais- 1820 - 1848 - AS – AHEX Requerimento de Militares: Letra F Maço 31 Pasta- 1064-AS- AHEX - Pesquisa realizada por Alcemar Ferreira Junior, 1º Tenente Historiador). Casamentos: Casado, em 23 de Fevereiro de 1834, com Dona Luiza Rita Vieira da Silva e Sousa, em 2ª Núpcias dela, que já era viúva de Honório Pereira da Silva, que segue (Genealogia Maranhense - John Wilson da Costa)
LUIZA RITA VIEIRA DA SILVA E SOUSA
Matriarca dos Vieira Ferreira
Nobreza Titulada
Seus avós maternos são: o Coronel Luiz Antonio Vieira da Silva, português, e sua avó D. Maria Clara Gomes de Sousa Vieira, brasileira, filha legítima do Coronel José Antonio Gomes de Sousa, filho legítimo do Sargento-Mor Antonio Gomes de Sousa, português. Ambos estes seus avós têm Brasões de Armas de Antiga Nobreza e Fidalguia, como se pode verificar na obra: Arquivo Heráldico-Genealógico do Visconde de Sanches Baena, impresso em 1872, em Lisboa, na Tipografia Universal, achando-se o primeiro sob o número 1761, e o segundo sob o número 1426.
Álbum de Portugueses e Brasileiros Eminentes
Fascículos XVII e XVIII
Tipografia Portuense, 1891 e 1892
Lisboa, Portugal
Dados Biográficos: Nascida em 17 de Abril de 1803, em São Luís do Maranhão. Falecida em 14 de Julho de 1880, em São Luís do Maranhão. Árvore de Costados: Filha Luiz Antonio Vieira da Silva e de Dona Maria Clara Gomes de Sousa. Neta paterna de José Vieira da Silva e Anna Maria de Assumpção. Neta materna de José Antonio Gomes de Sousa e Luiza Maria da Encarnação. Bisneta paterna de Antonio Vieira e Josepha Maria da Silva. De Francisco Pires Monção e Bernarda Luísa. Bisneta materna de Antonio Gomes de Sousa e de Dona Marianna das Neves. De José Luiz Barbosa e de Dona Rosa Helena Garrido. Terceira neta paterna de Torcato Vieira e Jerônima Fernandes. De Jerônimo Mendes da Silva e Maria Francisca. Terceira neta materna de Antonio de Sousa e de Dona Joana Gomes. De Phillipe Marques da Silva e de Dona Rosa Maria do Espírito Santo. De Pedro Gonçalves Garrido e Maria da Silva. Quarta neta paterna de Antonio Vieira e Jeronima Francisca. De João Francisco Almeida e Jeronima Fernandes. De Pascoal Mendes e Serafina da Silva. De Baltazar Francisco. Quarta neta materna de João Francisco da Silva e de Dona Marianna das Neves. De Antonio da Silva Carvalho e de Dona Ignácia da Silva Mello. Quinta neta paterna de Jerônimo Gonçalves e Jeronima Gonçalves. De Gervásio Francisco e Maria Francisca. De Domingos Fernandes e Damasia Gomes. De Antonio da Silva e Francisca Mendes. De Jerônimo Martins e Margarida. De Manoel Marques e de Dona Marianna das Neves. Sexta neta paterna de João Gonçalves e Inês Pires Gonçalves. De Gonçalo Jorge e Maria Jorge Martins. De Gonçalo Pires e Maria Francisca. De Belchior Fernandes e Filipa Gomes. Sétima neta paterna de Pedro Vicente do Souto. De Jorge Anes e Ana Jorge. De Jorge Anes e Catarina Anes. De Vasco Dias. De Sebastião Gonçalves. De... Isabel Gomes. Oitava neta paterna de Gonçalo Álvares e Margarida Gonçalves. A Musa: Fernando Luiz deixou alguns poemas escritos para Dona Luiza Rita. O 1º deixa claro que não havia amor, sentimento que só aparece quando o 1º filho nasce:
Quando Luiza
Já era minha
Mas um filhinho
Ainda não tinha
Suas virtudes
Eu estimava
Suas finezas
Apreciava
Mas quando um filho
Meiga me deu
No mesmo tempo
O amor nasceu
Seus attractivos
Que mal eu via
Nosso filhinho
M´os descobria
Elle uma estrella
Me parecia;
Ella brilhava
Qual luz do dia;
Si os comparava
Com flor mimosa
Em ambos via
Botão e rosa
Si os turvos lábios
Delle sorrião
Os risos della
P´ra os meus corrião.
Si os olhos delle
Nos procuravão
Os meus e os della
Se conversavão
E p´ra que a ambos
Elle encontrasse
Com ella unia-me
Face com face
De nos ver juntos
Sua allegria
Em nossos peitos
Amor vertia
Buscão-se os olhos
Della e de mim
Mas não se encontrão
Os lábios sim
Graças encantos
A Esposa tenha
Mas os deleite!
Dos filhos venha.
F.L.F.
O 2º poema nos mostra Fernando Luis em momento de solidão e distância da mulher e dos filhos. Os tiros do canhão da Fortaleza de Santa Cruz sugerem que fosse do Rio que ele escrevia:
Minha Luiza
Não, não supponhas
Que vivo em grutas
Feias, medonhas
Na summidade
De um alto monte
Donde diviso
Todo o horizonte,
Vivo n´um sítio
Fresco e ameno (1)
Vejo a cidade
E o ceo sereno
Palácios, templos
E aqueductos
O mar e a barra
E os seus reductos
Ruas immensas
E populosas
Seges innumeras
E pressurosas
Tal é o fundo
Do panorama
Que a todo instante
Meus olhos chama;
E se percorro
Mais junto a mim
A vista incerta
Pelo jardim
Vejo um amigo
Mui complacente (2)
Que torna o quadro
Mais excellente
Nada me falta
Do que desejo
Mas, oh, o teu rosto
Aqui não vejo.
Aqui não ouço
A voz canora
Que me affagava
A toda a hora
Nossos filhinhos
Nossos penhores
Aqui não vejo
Por entre as flores
Debalde a sorte
Me deparou
Um innocente
Que m´encantou (3)
É meigo e lindo
Faz me esquecer
Alguns instantes
Os meus não ver.
Mas o seguinte
Cruel momento
Deixa-me triste
Sem movimento
Só me acompanha
O teu retrato
Que, sendo mudo,
Parece ingrato
A sua boca
Não me apellida
Os olhos quedos
Mal mostrão vida
Peço um suspiro...
Baldado intento!
É duro o seio
Sem sentimento
Guardo assustado
A miniatura,
Só de uma ingrata
Fiel pintura,
Os olhos mando
D´alma a teu lado
Máo grado as ondas
Do mar salgado.
Vou n´um relâmpago
Chego a teu leito,
Apalpo e sinto
Bater-te o peito.
Minhas saudades
Eu lhe expendia
Que o próprio leito
Gemer se ouvia
Quando suave
Sonno profundo
Em braços leva-me
A outro mundo.
Tiros! Que é isto?
Artilheria!
Treme-me a casa!
Quem morreria?
É nada! É nada!
Santa Cruz salva! (4)
Um dia de amor
Ao romper d´alva.
Triste de mim
Sonhando ao menos
Não dei um beijo
Aos meus pequenos.
Vai, pensamento,
Vai a seus lares
E lhes explica
Os meus pesares.
(1) A chácara da Boavista do Dr. João
(2) O dito snr. Serra
(3) O filho do dito snr. Serra de 9 mezes de idade
(4) Santa Cruz é uma das Fortalezas da barra do Rio de Janeiro
F.L.F.
Viuvez: Segundo a Genealogia Maranhense, de John Wilson da Costa, seria viúva de José Honório Pereira. Casada, em 2ª Núpcias, com o Tenente Coronel de Engenheiros Fernando Luis Ferreira.
Foram Pais de:
2.1 Luis Vieira Ferreira. Coronel de Engenheiros. Republicano Histórico e Signatário do Manifesto. Redator do Jornal A República. Nascido em 15 de Abril de 1835, em São Luis do Maranhão. Batizado em 18 de Maio na Sé, tendo como padrinhos sua avó, Dona Maria Clara de Souza Vieira e o tio paterno, Juiz Luís Fernando Ferreira. Falecido em 6 de Janeiro de 1908, no Rio de Janeiro (Diário de Fernando Luis Ferreira). Retrato por seu Sobrinho Neto: Casou-se com moça da família Villares, e os filhos passaram a ter o sobrenome Villares Ferreira, desaparecendo, assim, um dos ramos da nascente família Vieira Ferreira. Luiz foi oficial de Engenharia do Exército Brasileiro, e tomou parte na Guerra do Paraguai como oficial integrante da Comissão de Engenheiros, então dirigida pelo Dr. Carlos de Carvalho. Fez nessa ocasião a primeira planta da cidade de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, logo após a rendição do General Estigarríbia, paraguaio, diante de D. Pedro II. Uruguaiana havia sido uma pequena vila, à margem do Rio Uruguai, como a atual, porém um pouco mais ao Sul, no Marco 74, “Santana Velha”. Dominada pelo então Marquês de Caxias a Revolução Farroupilha, determinou o Marquês fosse deslocada mais ao Norte, fazendo face a “Paso de los Libres”, na Argentina, à margem direita do Rio Uruguai. Durante a Guerra, já Capitão, foi o primeiro oficial brasileiro a por o pé em terras paraguaias, (na travessia do Passo da Pátria) conforme consta da obra “História da Guerra entre a Tríplice Aliança e o Paraguai”, do General Tasso Fragoso. Parte de sua atuação nessa guerra encontra-se publicada na “A Defesa Nacional”, número 442, de maio de 1951, páginas 76 e seguintes. Ao findar a guerra, em 1870, trazia o posto de Capitão de Estado-Maior de 1ª Classe. Naquele ano já fervia no Brasil a propaganda republicana. Na Capital do Império, Rio de Janeiro, o Clube Republicano elaborara e fizera publicar no jornal “A República”, edição de 3 de dezembro de 1870, o célebre “Manifesto Republicano”, que tanta celeuma levantou no país. O verdadeiro formulador e redator do “Manifesto” foi meu bisavô Miguel Vieira Ferreira, e não Quintino Bocayuva, seu amigo, segundo muitas vezes me contou minha Tia Regina. Luiz Vieira Ferreira foi o único signatário militar daquele importante documento. Antes, porém, de assiná-lo, e para não trair o Império a que servia pediu demissão do Exército: “Não era possível servir ao mesmo tempo a dois senhores, a República e a Monarquia”. Esse gesto valeu-lhe o ostracismo, mas depois da Proclamação da República, na qual, aliás, tomou parte ativa, foram-lhe reconhecidos os seus méritos e se lhe concederam as honras de Coronel de Engenheiros, voltando assim a envergar, como oficial honorário, o uniforme já por ele usado sob o fogo inimigo e já tradicional no seio de sua família. Nessa ocasião foi nomeado Diretor da “Biblioteca Militar”, hoje “Biblioteca do Exército”. Na parte final de sua vida foi Pastor, substituindo na Igreja Evangélica Brasileira seu irmão Miguel, que havia falecido. (Antonio Vieira Ferreira - General de Divisão Reformado de Artilharia). Fato Histórico I: Republicano Histórico, Luis Vieira Ferreira fundou o 1º Clube Republicano do Brasil, assinou o Manifesto Republicano e foi um dos cinco primeiros Redatores do Jornal A República. Segundo o artigo “Como foi feito o Manifesto Republicano”, do Jornal “A Noite”, de 3 de Dezembro de 1923, Luiz Vieira Ferreira assinou o documento original e sua assinatura não saiu na publicação do Jornal “A República” por ainda não ter sido exonerado pelo Imperador. Esteve no Campo da Proclamação, onde o Marechal Deodoro da Fonseca gritou: “Viva a República!”. (Sublime Amor - Dra. Mary Vieira Ferreira Prado) Distinções: Cavaleiro da Imperial Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo. Medalha da Guerra do Paraguai, Passador de Ouro. Viagem à França: David Gueiros Vieira afirma não saber ao certo quando os irmãos passaram a nutrir idéias republicanas, mas sugere a viagem de Luiz Vieira Ferreira à França como explicação para isto. (O Protestantismo, a Maçonaria e a Questão Religiosa no Brasil. David Gueiros Vieira - Página 153 - Brasília: Ed. Universidade de Brasília, 1980). Formação Intelectual: Formado na Escola Central, no Rio de Janeiro, hoje, Faculdade de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro obtendo o grau de Bacharel em Ciências Matemáticas e Físicas, formando-se em Engenharia. Magistério: Professor da Escola Militar do Rio Grande do Sul. Cargos Públicos: Nomeado Diretor-Presidente da Biblioteca Militar, hoje Biblioteca do Exército, por volta de 1870. Fato Histórico II: Destacou-se na Guerra do Paraguai recebendo por seus atos de bravura diversas Medalhas e o Passador de Ouro: Lutou na Guerra do Paraguai como Oficial integrante da Comissão de Engenheiros, então dirigida pelo Dr. Carlos de Carvalho. Fez nessa ocasião a primeira planta da cidade de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, logo após a rendição do General Estigarríbia, paraguaio, diante de Dom Pedro II. Durante a Guerra, já Capitão, foi o primeiro oficial brasileiro a pôr o pé em terras paraguaias, na travessia do Passo da Pátria, conforme consta da obra “História da Guerra entre a Tríplice Aliança e o Paraguai”, do General Tasso Fragoso. Parte de sua atuação na guerra encontra-se publicada na “A Defesa Nacional”, número 442, de maio de 1951, páginas 76 e seguintes. (General Antonio Vieira Ferreira). Fato Histórico III: Revolta da Armada: Pela sua participação na Revolta de 6 de Setembro de 1893 recebeu as Honras de Coronel do Exército Brasileiro pelos relevantes serviços prestados. Fato Histórico IV: Participou da Campanha contra o Uruguai em 1864. Fato Histórico V: Como Jornalista teve atuação regular e de prestígio: foi um dos cinco primeiros Redatores do Jornal “A República” e antes havia sido Redator do Jornal O Artista, editado por seu pai, Fernando Luiz Ferreira, em São Luís do Maranhão. Os Jornais: Fundador do Jornal O Trabalho, em 1909, em Valença, e do Jornal “O Operário”, dirigido por David Alves dos Santos e por Luis Vieira Ferreira. Verbete do Sacrameto Blake: Luis Vieira Ferreira: Filho do tenente-coronel Fernando Luiz Ferreira, nasceu na capital do Maranhão a 15 de abril de 1835 e com praça no exercito fez o curso de sceincias physicas e mathematicas na escola cnetral, onde foi graduado bacharel. Serviu na campanha contra o Paraguay, pedindo depois sua demissào o posto e capitão do estado-amior de primiera classe. Escreveu: - Passagem do rio Paraná. A commissão de engenheiros do primeiro corpo do exercito em operações na campanha do Paraguay. Apontamentos de campanha, etc. Rio de Janeiro, 1890, in-80. - Redigiu com seu pai e dous irmãos: O Artista: jornal dedicado à industria e particularmente às artes. Maranhão, in-fol. Peq. – Este jornal teve duas series e viveu alguns annos, estando em 1868 na 2a serie. (Volume 5, 1899, p.481 - Sacramento Blake) Citação no César Marques: É citado no César Marques no Verbete dedicado ao seu pai: Luiz Vieira Ferreira - Nasceu na capital do Maranhão em 15 de abril de 1835. Estudou preparatórios na dita cidade, e matemática na Escola Central da Côrte, e suas aplicações à guerra na Escola Militar. É bacharel em Ciências Físicas e Matemáticas. É capitão do Estado-Maior de 1a Classe do Exército. Em Maranhão nunca foi empregado, nem como engenheiro, nem de qualquer outro modo. (Marques, César Augusto. Dicionário Histórico-Geográfico da Província do Maranhão. Rio de Janeiro. Cia. Editora Fon-Fon e Seleta, 1970. Página 259,260 e 261) Fé de Ofício: Serviu o Exército por 20 anos, pedindo sua exoneração ao Imperador para poder assinar o Manifesto Republicano: Data de Praça: 18 de Setembro de 1851/ Data de Reserva: Demissão a pedido em 26 de Janeiro de 1871/ Tempo de Serviço: 20 Anos/ Vida Escolar: Escola Militar de 28 de Fevereiro de 1852 a 31 de Dezembro de 1856/ Reprovado por faltas - De 12 de Março de 1853 a 21 de Novembro de 1857/ Vida Profissional: 1º Batalhão de Infantaria /3º Batalhão de Infantaria a pé /1º Batalhão de Artilharia a pé. / Adido: Batalhão do Piauí/ Condecoração: Cavaleiro da Ordem de Cristo/ Promoções: 1º Cadete, em 28 de Outubro de 1851 / Alferes Aluno, em 14 de Abril de 1855 / Alferes Efetivo em 2 de Dezembro de 1856 / 1º Tenente, em 2 de Dezembro de 1857 /Capitão, em 22 de Janeiro de 1866. / Guerras e Revoltas: Participou da Campanha contra o Uruguai em 1864. Participou da Guerra do Paraguai em 1865. Revolta da Armada em 1893. Cursos: Estado Maior 1ª Classe - Reg. 1855. Bacharel em Matemática e Ciências Physicas. Engenheiro: Construtor das obras de Fortificação de Tabatinga, Amazonas. Demissão: Pediu demissão do Exército em 26 de Janeiro de 1871. (Fé do Oficio: Pasta nº 2 -22 -110 -SAP -AHEX - Almanaques: 1851 -1870 -AS –AHEX - Pesquisa de Alcemar Ferreira Junior, 1º. Tenente Historiador). Vida Militar: Em 1858, à Página 278, fazia parte do Corpo do Estado Maior do Exército de 1ª Classe, como Alferes. Em 1861, à Página 265, era Tenente, empregado na Província do Rio de Janeiro. Em 1866, à Página 268, era Capitão, Repetidor Interino de a Escola Militar Auxiliar do Rio Grande do Sul. Em 1869, à Página 276, fazia parte do Corpo do Estado Maior do Exército de 1ª Classe como Capitão, servindo no Amazonas. Em 1870 foi nomeado Coronel de Engenheiros (Almanak Laemmert) Viagem para o Rio de Janeiro: Segundo o Diário de seu pai, viajou para o Rio em 7 de Fevereiro de 1852. Cartas para o Pai: Hoje 20 de julho de 1864, achando entre papeis velhos uma carta de meu filho Luiz datada de 08 de agosto de 1852, que tanta honra lhe faz, aqui a vou registrar, p.r q. o original pode perder-se. Meu Pai — Rio 8 de Agosto de 1852 — A última sua que recebi foi a que acompanhava os livros que já lhe acusei ter recebido, nessa V. M. me dizia que nada fallava a respeito da casa por que queria dar boas novas, o que me encheu de novas esperanças e estou ancioso por receber cartas suas; V. M meu Pae, dis-me que de Agosto em diante melhoraria a minha mezada; porem apezar de eu precisar disso, digo-lhe que não quero sacrifícios de meus irmãos por minha causa, se V. M. mandando-me mais dinheiro não poder mandar o Joaquim para a cidade ou o Miguel para onde V. M. destina, eu despenso esse dinheiro com tanto que seja para utilidade dos meus manos, [página 024v] isto era inútil dizer-lhe, mas é que V. M. podia julgar que eu estou aqui morrendo á fome, não, o dinheiro que tenho chega-me para eu manter-me. Vamos agora julgar que sem sacrifício V. M. quer mandar-me dinheiro, eu não sei quanto será, porem previno-lhe que eu passarei aqui muito bem com mezada de 30$000 porque tenho o soldo que faz com que se torne 43$000 e esta quantia é-me bastante; caso V. M. queira mandar para aqui algum de meus manos é bastante também só 30$000 porque, assim termos ambos 70$000 e as despesas tornão-se communs, e portanto menores. Eu desejo muito ter meus dous manos comigo, ao menos um delles, porem não pesso agora que elles venhão, porque não sei se isto já deixará de ser sacrifício, e eu mais nenhum posso exigir, mas espero que elles a seu turno, fassão os esforços quando acharem conveniente, e mesmo V. M. de seu moto-proprio fará a diligencia de proporcionar-lhes os meios. Meu Pai, eu vou indo bem com meus estudos, o Dr. Negreiro tem-me tratado bem, como a José Gomes, muito bem; as outras cartas, umas não tenho entregado, por não ser possível saber onde morão, as outras por não ter tido occasião, agora as datas se achão atrazadas e parece falta de attenção já não ter entregado a mais tempo, por isso não sei o que faça, talvez fosse o mais conveniente V. M. fazer outras com mais vagar. O J.e Gomes recebeu a mezada por ordem do Nina. Nada mais tenho a dizer senão que lhes desejo a saúde, e pedir a minha Mãi e V. M. que abençoem a Seu filho que os ama. Luiz Vieira Ferreira (Diário de Fernando Luis - Carta de Luiz Vieira Ferreira, 1863, p. 116.) Meu Pai — Porto Allegre 16 de Setembro de 1863. Respondo á sua de 7 do passado que hoje recebi, juntamente com os n.os do jornal – Artista – Tenho pois, a colleção desse jornal desde que Vmce. se encarregou de sua redacção até que a deixou, faltando-me unicamente durante esse período os n.os 33, 35, 36 e 37 que forão extraviados pelo correio, que lhe rogo que m’os mande caso seja isso possível. Não me manda Vmce. dizer a causa porque deixou a redacção do Artista, e sinto bastante que a província não conservasse por mais tempo esse foco de luz que Vmce. tão bem mantinha, e que tenho quase certeza que breve se extinguirá ou pelo menos há de degenerar em assumptos menos convenientes, para o progresso. O seu jornal, em minha opinião, estava muito bom, e nos termos em que devia estar, porque indicava á classe a que era destinado os progressos que fazem as artes e a industria em povos mais adiantados; inspiravalhes o desejo de tomar parte nesse progresso, mostrando-lhes como o apperfeiçoamento das artes pode melhorar os resultados do trabalho, e finalmente, entre muitas outras vantagens, tinha a principal de não sacrificar o entendimento de seus artigos destinados a uma classe apoucada de illustração, ao amor próprio de artigos que podessem apenas apresentar á pessoas illustradas uma erudição mais vasta, um estylo mais pomposo. O seu jornal estava nos termos convenientes, porque se adequava aos artistas pela sua linguagem chan e lhes dava por isso mesmo, animo de concorrerem com os seus poucos cabedaes para o grande movimento que um dia se havia de erigir. Infelizme. porem, na nossa malfadada terra as cousas são como são, e não como deverião ser, e, em geral, o verdadeiro merecimento é apreciado depois que já é registrado no passado, porque o presente é dos especuladores e dos eleitos do patronato; a corrupção tem attingido a um ponto assustador, e o mundo todo parece prepara-se para uma revolução do globo no século corrente. Não quero com isso dizer que o novo redactor do Artista não seja digno das attenções e respeitos devidos a um homem illustrado e honesto, porque tal asserção não podia partir de mim que não o conheço; apenas indico que elle está na moda do século, isto é mal collocado na redacção de um jornal que deve tractar de questões que lhe são estranhas, quando elle podia melhor servir a seu paiz estudando o código, estudando e discutindo outros muitos melhoramentos que a jurisprudência pode aconselhar ao Brasil. Por aqui também appareceu uma nuvem de pequenos jornaes litterarios, alguns dos quaes já desapparecerão e outros vão ajuntando em quanto alguma rajada de vento não os dispersa. Entre esses, dous são dignos menção, um delles — o Diógenes (*) — por ser dirigido por um jovem Port’Allegrense de bastante inteligência, bom poeta, e bom prosador, e também porque mostra ainda o espírito de épocha. Hoje os exemplos guião a mocidade a fazer a sua estréa na vida por um acto pouco conveniente; isto é, o correr das cousas aconselha que se escreva um Timandro para mais depressa ser ministro, e então, reconhecido, beijar a Augusta mão de S. M. I. e confessar as suas culpas passadas, e a intelligencia que unicamente desejar os fins, não dando maior importância a incoherencia das epochas de sua vida, faz bem em trilhar esse caminho; mas a que se presa de princípios [página 9v] moraes bebidos na infância, não escreve senão o que lhe dita o coração, e não obedece a imposição vergonhosa do século. O Diógenes começou a escrever uns typos com o titulo de – Mulheres de mármore –; ahi encarou o sexo como frágil, e não se saciou de pintar horrores, nos quaes o mais torpe cynismo era o farol; depois escreveu os homens de bem, debaixo da mesma influencia e por tanto com o mesmo estylo. Concordo que esses horrores se pratiquem, concordo que elles sejão descriptos com todas as suas cores, para exemplo dos incautos, mas não posso admittir que se apresentem como typos alguns caracteres e immundos de homens e de mulheres, que se entreguem, expontaneame. ao vicio, sem uma luta entre as circunstancias e a virtude em geral nata em o homem e sobre tudo com a mulher. O homem tem na sua natureza, em geral, a propessão para o bem, o pejo da pratica do mal; se algumas circunstancias o obrigão a inverter essa propessão, a destruir esse pejo, é preciso que em um typo essas circunstancias appareção com alguma força, e sobre tudo, exige a moralidade que não sejão todos modelados por essas creaturas fracas, e que a virtude appareça sempre sobremaneira ao vicio. O Diógenes não pensava assim. Convidarão-me para tomar parte nessa folha, e eu declarei formalmente que só escreveria no caso de não publicarem artigos como as mulheres de mármore e os homens de bem; não produzio logo effeito o meu parecer, os artigos sahirão, mas hoje o jornal vai tomando paulatinamente outro caracter mais conveniente. O segundo jornal de que lhe fallei acima, tem por titulo – Artista –; mas o seu programa não é apropriado convenientemente á sua epigraphe, apezar dos esforços que fiz, porqe. esse jornal sahe debaixo da minha direcção. É um jornal litterario também, e seu nome é apenas devido a ser propriedade de alguns artistas que são os próprios a imprimil-os. Remetto-lhe uma colleção para Vmce. ajuizar delle. É em um formato mui pequeno, e não tem nenhum artigo de importância; mas tem jorado de boa aceitação. Transcrevi em um dos n.os o seu discurso feito ahi na associação dos artistas, porque o achei muito bom, e muitas pessoas a quem o mostrei forão da mesma opinião. Seu filho Luiz (Diário de Fernando Luis - Carta de Luiz Vieira Ferreira, 1863, p. 119). A Respeito de Diógenes: Por ironia, o Diógenes citado e criticado na última carta de Luis para seu pai, era o pseudônimo do também Republicano Histórico Dr. Pedro Rodrigues Soares de Meirelles. Assinou o Manifesto Republicano e foi um dos 5 primeiros Redatores do Jornal A República, ao lado do próprio Luis e do seu irmão Miguel Vieira Ferreira. Era carioca, Promotor de Justiça, Escritor e filho do Conselheiro do Império e Médico Saturnino Soares de Meirelles, neto do Ministro e Conselheiro do Império Joaquim Cândido Soares de Meirelles, e sobrinho bisneto do Padre Mestre João Batista Soares de Meirelles (V. Meus 5º Avós). Ainda por ironia Pedro Rodrigues Soares de Meirelles era primo em 4º de sua futura cunhada Dona Elisa Augusta Gomes do Val, mulher do seu irmão Joaquim Vieira Ferreira. E por mais ironia ainda, viria a ser seu aparentado quando se casou, em Valença, com Dona Luiza Carolina Villares, também da família do Val. Carta para o Sobrinho Fernando Luis Vieira Ferreira: Capital Federal, 9 de Junho de 1900. Fernando, a Lusiquinha, que para ahi segue hoje, vai incumbida por mim e minha família de felicitar-te e a tua esposa pelo nascimento do João Baptista. Deus dê a elle e a seu irmão mais velho muitas bênçãos. Teu tio e amigo. Luis. Profissão de Fé: Com a morte do irmão Miguel Vieira Ferreira, fundador da 1ª Igreja Evangélica do Brasil, assumiu a direção da Igreja Presbiteriana em 9 de Janeiro de 1898, tendo sido escolhido por deliberação unânime. Casamento: Casado, em 20 de Março de 1858, com Luiza Carolina Villares, filha de Dona Maria Villares. Certidão de Casamento: Santo Antonio Livro 1º fl. 41v. Aos 20 de novembro de 1858 nesta Freguesia de Santo Antonio na casa de residência de Dona Maria Benedicta Lança Villares, na Rua de Matacavalos número 126 em altar preparado ... pelas seis horas da tarde segundo a provisão de Sua Exc. Rev.Senhor Bispo Conde Capelão-Mor que dispensou os proclamas e mais formalidades... perante as testemunhas Alexandre Manoel Albino de Carvalho e Antonio Augusto César, e tomados os depoimentos... receberam-se em Matrimônio o Tenente Luiz Vieira Ferreira filho legítimo de Fernando Luiz Ferreira e de Dona Luiza Rita Vieira da Silva Ferreira, natural e baptizado na Freguesia de N. S. da Victória da Cidade do Maranhão, com Dona Luiza Carolina Villares filha legítima de Luiz Rodrigues Villares e de Dona Maria Bendicta Lança Villares, natural e baptizada na Freguesia de Sant’Ana e ambos moradores nesta Freguesia . O Coadj. José de Carvalho Mello de Andrade (Cúria Metropolitana – Pesquisa de Ana Carolina Nunes). Família Villares: É possível que seja a mesma família Villares casada na Família Gomes do Val, em Valença no Estado do Rio. Se considerarmos que o seu irmão Joaquim se casou na Família Gomes do Val e que o próprio Luiz foi dono de jornal em Valença, é bastante razoável que seja a mesma e ilustre família Villares (V. Meus 4º Avós, Matheus Gomes do Val e Thereza de Jesus Maria Soares de Meirelles). Registro de Casamento: Luiz Vieira Ferreira. Casado Rio (S. Ant., 1º, 43 v.) 1858. Com Luiza Carolina Villares.(Colégio Brasileiro de Genealogia - Ana Carolina Nunes). Com Geração.
2.2 Maria Rita Vieira Ferreira. Professora em Inhaúma. Nascida em 20 de Outubro de 1836, às 6 horas da manhã, na presença de Dona Maria Júlia, Cândida Fria e Henriqueta Cândida Ferreira. Batizada com mais de três anos de idade. Foram seus padrinhos seu tio materno, João Victo Vieira da Silva e sua tia paterna Dona Pulquéria Amália Ferreira, na Sé. A Viagem para Alcântara: Segundo o Diário de seu pai, Maria Rita foi para Alcântara em 20 de Julho de 1843, aos 7 anos de idade, com as tias Pulquéria Amália Ferreira e Maria Amália Ferreira que moravam com o irmão, Luiz Fernando Ferreira, que era Juiz Municipal em Alcântara. Voltou de Alcântara no ano seguinte, em 29 de Junho de 1844, porque seu pai estava em Pernambuco e sua mãe, estando grávida, queria tê-la consigo. Faleceu solteira.
2.3 Miguel Vieira Ferreira. Pastor e Tenente Coronel de Engenheiros. Abolicionista e Republicano Histórico. Redator do Jornal A República. Signatário do Manifesto Republicano. Fundador da 1ª Igreja Evangélica do Brasil. A Lacuna Histórica: Um grande brasileiro sempre relegado ao olvido pelos historiadores da pátria que de modo tão extremado amou e, pela qual, abnegadamente, tudo fez, sacrificando mesmo seus próprios interesses pessoais em bem da coletividade, foi, sem dúvida, o Dr. Miguel Vieira Ferreira. Dotado de vastos conhecimentos científicos que se manifestavam nele em sua inconteste sabedoria, possuidor de uma força de vontade indômita, esse ilustre cidadão, esposando sempre ideais os mais alevantados, amplos e liberais, procurou sempre transmitir o bem deles decorrente a todos quantos tiveram a dita de com ele conviver, tornando sua instrução como pedagogo digno da mais reverente e atenciosa consideração! ("A História e suas lacunas" - Dra. Mary Vieira Ferreira Prado) Retrato por seu Neto: Nascido em 10 de Dezembro de 1837 em São Luiz, Maranhão, faleceu no Rio de Janeiro em 20 de Setembro de 1895, à Rua São Clemente 79, residência de seu cunhado e primo, Joaquim Gomes de Souza. Após o Curso da Escola Central do Império, depois Escola Politécnica, ainda hoje no mesmo prédio, no Largo de São Francisco, Rio de Janeiro, e como 2º Tenente de Engenheiros. Casou-se com uma prima em 2º grau, Maria da Glória Gomes de Souza Vieira Ferreira, filha do Major Ignácio José Gomes de Souza, e de Antônia Gertrudes de Brito Magalhães Cunha, neta do Coronel José Antônio Gomes de Souza e Maria Micaela Catanhede, sendo bisneta do Sargento Mor Antônio Gomes de Souza e Mariana das Neves, portugueses. Era irmã do matemático Joaquim Gomes de Souza (o “Souzinha”) e de outros onze irmãos e irmãs. Miguel era Doutor em Ciências Matemáticas e Físicas pela antiga Escola Central, que já cursara antes, havendo recebido a “borla” e o “capelo”, característicos do doutorado. Mais tarde foi fundador e 1º Pastor da Igreja Evangélica Brasileira, com sede inicial à Rua Camerino, Rio de Janeiro. Foi pai de nove filhos, dos quais cinco homens e quatro mulheres. (Antonio Vieira Ferreira - General de Divisão Reformado de Artilharia). Dados Biográficos: Nascido em 10 de Dezembro de 1837, São Luís, Maranhão, em casa de seus pais na Fonte das Pedras. Falecido em 20 de Setembro de 1895, no Rio de Janeiro. Formação Intelectual: Em 1863, após defender tese perante o Imperador Pedro II, recebeu o título de Doutor em Ciências Matemáticas e Físicas. Meu pai — Corte 4 de julho de 1863. — Vou escrever-lhes esta carta com extremo prazer, pois sei quanta satisfação ella vai dar-lhes. — O Imperador marcou o dia 3 do corrente para a defesa da minha these, e nesse dia teve efectivamente logar; e fui approvado plenamente, depois de uma boa defesa. — No dia em que tirei ponto foi meu companheiro um Francez naturalisado brasileiro, que é repetidor da Escola de Marinha, e ambas as nossas defesas tiverão logar no dia 3 do corrente, sendo elle approvado simplesmente. — Ora, Vmce. deve ter presente o que se deu comigo na Escola de Marinha em quanto pretendi concorrer para lá; pois bem, um dos que entrarão foi o meu companheiro de these, e esse é considerado com justiça o mais hábil dos modernos. Concorremos ante-hontem: elle apresentou uma these má e defendeu-se peor, e se não foi reprovado, a meu ver, é por considerarem que se tratava de um professor de uma Escola de Mathematica; eu apresentei uma these sem erros e defendi-a muito bem. As approvações vierão ainda pôr mais fora de duvida essa questão. Agora pergunto á Escola de Marinha: se o mais habilitado entre a que me preferiste é inferior a mim, o que devese julgar dos outros? Foi ou não injusta a minha exclusão? Vocês terião ou não adquirido um professor hábil? Elles que respondão. Enquanto a mim contento-me em ter-lhes dado esta bofetada, que não é pequena. Durante a defesa de minha these, o Imperador esteve satisfeito, segundo me disse o Joaquim, pois eu não estava voltado para elle. O Paranhos, que me ficava ponteiro, applaudio todas as minhas respostas, e o Joaquim diz que era sempre de intelligencia com o Imperador. — Hontem, 4, fui agradecer a este por ter assistido á minha these, e elle recebeu-me perfeitamente. Conversou algum tempo comigo sobre ella, e depois perguntou-me se eu continuava a estudar para escrever os meus trabalhos. Perguntou-me o que eu tinha actualmente em vista, isto é, de que parte estava me ocupando, e eu respondi. Depois perguntou-me se tinha lido os trabalhos modernos de Grove e outros physicos sobre o calor, e ficamos conversando um pouco sobre isso. Foi em resumo a minha entrevista, e creio que não me foi desfavorável. Todas as vezes que lhe tenho fallado elle pergunta-me pelos meus trabalhos, de sorte que o homem parece esperar de mim alguma cousa, alem, de que já tive o prazer, em uma de nossas entrevistas de ouvir de sua própria bôca que eu era um moço de talento, de quem o paiz tinha alguma cousa, cousa a esperar e que por isso continuasse a estudar. Foi quando lhe fallei sobre a minha entrada para a escola. 5. Espero que breve poderei dar-lhe uma prova inequívoca de que tenho algum merecimento. — Fui hoje ao Mello fazer-lhe um pedido feito pelo Antonio Gayoso e fiz os seus cumprimentos a elle. — Quando ia sahir, elle disse-me que hontem o Imperador lhe falara de mim muito satisfeito, dizendo que alem de tudo admirava a minha presença de espírito, pois que soube conservar-me de principio a fim, no meio de todas as intempéries, e que soube ficar em guarda contra todos os attaques. Isto concorda com o que eu conclui da conversa que tive com o Imperador. (Diário de Fernando Luis Ferreira - Carta de Miguel Vieira Ferreira - Página 117) Fato Histórico I: Republicano Histórico, Miguel foi um dos cinco primeiros Redatores do Jornal A República, Redator e Signatário do Manifesto Republicano e fundador do 1º Clube Republicano do Brasil: Narrei alguns fatos do princípio; outros historiem até ao fim. A história fará menção minuciosa de tudo. Não tive a fortuna de achar-me presente às ocorrências do dia 15, porque outros deveres imperiosos me retinham fora da cidade, privando-me de ter conhecimentos dos fatos, e de compartilhar a responsabilidade deste grande dia. Louvores! Louvores! Ao ínclito Marechal Deodoro, membro ilustre de uma ilustre família, herói n'uma família de heróis, brasileiro patriota, que elevou o seu nome e a sua pátria acima de tudo quanto se tem visto no velho e no novo mundo. Alto e bem alto proclamemos o patriotismo do exército e armada brasileiros. Reconheçamos o civismo de nossos concidadãos. E sejam dadas toda a benção, honra, glória e poder ao Senhor Deus dos Exércitos! Julgo ter prestado serviço importante e momentoso, publicando neste folheto o Manifesto Republicano dado à lume n' A República aos 3 de dezembro de 1870. Não só os brasileiros e estrangeiros lerão agora, cheios de interesse, esse grandioso e imortal documento do passado, como, além disso, recordarão os nomes ou ficarão conhecendo os primeiros propulsores deste prodigioso movimento. A mocidade precisa saber, de presente e de futuro, como estas cousas se tem passado desde a origem; e já é tempo de ir consignando os dados históricos para que não fiquem no esquecimento. (Parte dos apontamentos feitos pelo Doutor Miguel em 10 de Dezembro de 1889 sobre o Manifesto Republicano de 1870). Miguel Vieira Ferreira (1837-1895), identificado como médico na legenda da foto de seu comentário ao Manifesto Republicano, era Doutor em Ciências Físicas e Matemáticas pela atual Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Foi um dos primeiros redatores da folha “A República”. Fundou o 1º Clube Republicano do País. Pleiteou extensamente a causa da libertação dos escravos; a necessidade de se criar trabalho para as mulheres e torná-las capazes de subsistir honestamente sem precisar herdar nem casar; pugnou pela instrução pública, educação e instrução do sexo feminino e o ensino misto. Foi pioneiro da educação popular e do atendimento educacional aos filhos dos trabalhadores. Escritor e jornalista, foi fundador e 1º pastor da Igreja Evangélica Brasileira. (GSR) (Cruzeiro Net - Sorocaba - Fascículo 350 - Acervo Museu Republicano Convenção de Itu - O texto do Manifesto Republicano foi reproduzido em vários jornais e comentado em folhetos e livros como este do médico Miguel Vieira Ferreira. Adendo: Os primeiros e agitados anos da Sorocaba republicana) Fato Histórico II: Fundador do 1º Clube Republicano do Brasil: Chegando ao Rio de Janeiro em 1870, trazendo consigo a idéia de levantar um partido republicano, como falara muitas vezes no Maranhão sem achar eco nem ser compreendido senão por seu pai e pelo jovem Ennes de Souza , hoje doutor e lente catedrático e mui distinto da Escola Politécnica e notável diretor da Casa da Moeda do Rio de Janeiro; de acordo com seu irmão o Dr. Luiz Vieira Ferreira, então Capitão do estado-maior de primeira classe do Exército e que tinha feito com brilhantismo a campanha do Paraguai se achava bem empregado e com mui grande conceito; e mais um pequeníssimo grupo, fundaram o Club Republicano, primeiro que para o dito fim e sob essa denominação e princípios foi criado no Brasil, a núcleo de onde partiu a transformação rápida e operada no país, e que gerou e produziu o grande 15 de novembro de 1889. Por votação do partido nascente foi eleito um dos cinco primeiros redatores da folha A República, na qual não só escreveu muito de lavra própria com extrema energia, zelo e dedicação, como publicou traduções de notáveis obras de Ed. Laboulaye, J. Simon, J. Favre etc. (Álbum de Portugueses e Brasileiros Eminentes) A Fundação do Clube Republicano e do Jornal A República: Parti para o Rio de Janeiro; e, aqui chegando, logo o "Correio Nacional" deu uma notícia honrosa de minha chegada. Soube que esse artigo fôra oferecido à redação por um colaborador, caráter muito nobre e elevado da nossa sociedade. O artigo e o ardente desejo que eu tinha de conhecer pessoalmente esses dois moços, únicos em quem Borges da Fonseca confiava e de quem muito esperava, fez-me logo procurá-los em seu escritório de advocacia e redação. Em companhia de meu irmão, Dr. Luiz Vieira Ferreira, fiz-lhes conhecer o fim da minha visita e o conceito em que os tinha Borges da Fonseca. Apresentei-lhes a idéia de forma-se um Club Republicano e de criar-se o partido com uma Folha que se chama-se "A República" e tudo feito ostensivamente, quaisquer que fossem as conseqüências. Eles asseguraram-me ser esse seu modo de pensar e o de alguns outros radicais, mas que eram tão poucos e que tudo se achava tão corrompido que não pensavam ser possível encontrar mesmo um pequeno número de indivíduos, que tivessem a coragem de congregar-se e trabalhar às claras. Disse-lhes ser conveniente experimentar e que, por nosso lado, com esse projeto eu tinha vindo, estávamos ambos dispostos a correr todos os perigos; que nós correríamos de bom grado o risco da cabeça. Eles ficaram de pensar sobre o assunto e separamo-nos. Poucos dias depois, recebemos um cartão convidando para uma reunião republicana. O cartão dizia: Club Republicano. Ficamos muito satisfeitos e perguntamos ao portador pelo seu nome. Respondeu-nos: "Chamo-me João de Almeida e o convite veio do escritório de Limpo de Abreu e Rangel Pestana." (O Estado de S.Paulo - 3 de dezembro de 1970) Citação Histórica: A idéia republicana afirmou-se no Brasil através das muitas revoluções e motins que agitaram este país desde os tempos coloniais até o banimento da família imperial. A sua propaganda, porém, inteligente, metódica, sistemática, generalizada pelas camadas populares, começou em 1870, com aquele celebre manifesto e a publicação do jornal "A República". Sobre este acontecimento assim se exprime o Doutor Miguel Vieira Ferreira em um opúsculo que não foi contestado: "Em 1870, retirando-me do Maranhão para a Côrte, disse a algumas pessoas que eu vinha trabalhar pela república; o que deu lugar a ironia e sarcasmo de um desses homens sem fé nem crenças que pensam ser os luzeiros e a personificação da prudência; que não acreditam senão n'aquilo que vêm e que lhes dá um interesse imediato; e que chamam de utopia o que não podem compreender como possível ou tudo que lhes possa trazer qualquer sacrifício ou prejuízo. Passando por Pernambuco fui sequioso procurar Borges da Fonseca para comunicar-lhe minha idéia e obter dele esclarecimentos, conselhos ou aquilo que tivesse para me dar. Recebi dele em resumo o seguinte: "Não se fie em quem já estiver com a cabeça branca como eu. É gente toda estragada pela monarquia, é gente podre. Mesmo na mocidade a corrupção é grande. No entanto há na Côrte dois moços, Francisco Rangel Pestana e Henrique Limpo de Abreu, redatores do Correio Nacional. Esses dois moços eu os tenho por sinceros; são republicanos e não me parecem corrompidos. Procure-os.” (História da República - Plácido de Abreu). Fato Histórico III: Fundador da 1ª Igreja Evangélica Brasileira: Era o Dr. Miguel membro da Igreja Presbiteriana, mas atritos sérios – devidamente analisados em algumas teses acadêmicas – levaram-no ao rompimento. A Igreja Presbiteriana foi mais bem sucedida em atrair a nobreza do país (as famílias do Marquês do Paraná, Barão de Antonina - senador imperial - e dos Souza Barros, parentes da coroa portuguesa), e as lideranças política e militar (duas famílias de nome em São Luís do Maranhão, e as famílias do almirante Sebastião Caetano dos Santos, do tenente Cícero Barbosa - que se tornaria mais tarde um dos primeiros clérigos presbiterianos no Brasil, e do general Abreu e Lima, um dos maiores defensores do Protestantismo no Brasil). A burguesia urbana também estava bem representada. A Igreja contava com o engenheiro Miguel Vieira Ferreira, o poeta A. J. dos Santos Neves, o escritor Júlio César Ribeiro Vaughan, o médico Vital Brasil, e os industriais José Luís Fernandes Braga e Domingos Antônio da Silva Oliveira. Entre os primeiros clérigos a Igreja ordenou homens de negócio como os reverendos Trajano, Miguel Torres, e Vicente Themudo Lessa, alfaiates como Miranda e Silva, e até sapateiros como Batista de Lima e Silva. Ferreira e Leonard também mencionam a presença de outros advogados, médicos, professores universitários e mestres escolares (Ferreira, 1959, Leonard, 1963). (http://www.pucsp.br/rever/rv4_2001/i_cavalc.htm). Homenagem no Congresso Nacional: Pronunciamento em 12 de dezembro 2000 no Congresso Brasileiro, em homenagem ao Dr. Miguel Vieira Ferreira, médico e fundador do Clube Republicano no Brasil: Senhor Presidente, Senhoras Senadoras, Senhores Senadores: Tomo a liberdade de trazer a este Plenário, hoje, um breve registro sobre um personagem singular de nossa história. Uma pessoa que, modestamente, contribuiu para o fim da escravidão e para a proclamação da República, dois eventos fundamentais para a consolidação do Brasil como nação. Trata-se do Dr. Miguel Vieira Ferreira um dos fundadores do Clube Republicano e do jornal A República, que foram as duas manifestações mais importantes do republicanismo entre os anos de 1870 e 1889. Faço esta homenagem em função do transcurso do aniversário de nascimento desse ilustre brasileiro, ocorrido no último dia 10 de dezembro. Nascido na então província do Maranhão, Miguel Vieira Ferreira, acadêmico brilhante, militar competente, cidadão republicano e educador deixou sua marca de maneira indelével na constituição de nossa nacionalidade. Começo por lhe ressaltar o título de doutor. Não era ele "doutor em medicina", título que se costuma atribuir aos médicos; tampouco era bacharel em direito, título honorífico atribuído aos advogados. Era "doutor com tese defendida". Não era doutor por decreto nem por honraria, como era de hábito na época. Em 1863, após defender tese perante o Imperador Pedro II, recebeu o título de Doutor em Ciências Matemáticas e Físicas. Foi autor, entre outras obras, de uma monografia intitulada Ensaio sobre a Filosofia Natural, obra que suscitou o interesse de Pedro II, conhecido por ser um monarca esclarecido e protetor das artes e das ciências. Trago, nesta homenagem, apenas os fatos mais relevantes desse que, certamente, mereceria o título de um dos "Pais da Pátria". Esses fatos demonstram, pelo exemplo, como esse nosso antepassado atuou. Não contente com seu brilhante desempenho acadêmico, Dr. Miguel Vieira Ferreira atuou como engenheiro militar no Maranhão, onde projetou diversas obras. No desempenho dessas atividades, na direção da Casa de Fundição da Companhia de navegação fluvial, construiu o primeiro vapor naquelas oficinas. Após encerrar sua carreira militar, tornou-se industrial, ocasião em que fundou um estabelecimento denominado Educandos Industriais. Nesse empreendimento acolhia crianças filhos dos proletários e proporcionava-lhes instrução, trabalho e lazer, buscando retirá-los da marginalidade a que estavam condenados. Como educador, fundou, tanto no Maranhão como no Rio de Janeiro, diversas escolas, que vieram a fornecer o modelo de escolas primárias. No Rio de Janeiro, fundou a Escola do Povo, em que dava conferências, procurando instruir as pessoas comuns. Esse projeto inspirou o Imperador Pedro II a abrir a Escola da Glória onde, com o apoio oficial, seguia o modelo da escola do Dr. Miguel. Em sua luta pelo progresso, que era a grande bandeira, pregou o ensino para as mulheres, cujo futuro, até então, dependia de duas coisas: herdar ou casar. Com sua pena afiada, no jornal A República, muito contribuiu para as condições de emancipação da mulher brasileira. Dentro de sua linha civilista e libertária, defendeu a separação do Estado da Igreja e o casamento civil. Não posso concluir esta homenagem sem falar de uma qualidade sua que, até hoje, não se reproduz facilmente entre os políticos e homens públicos: o de defensor de um modelo participativo de democracia. Para terem uma idéia, há cerca de 150 anos, ele defendeu a criação de um banco – o Banco Industrial. Mas a característica interessante é que os estatutos desse banco deveriam ser discutidos pela população, em diversas instâncias de participação e, só depois de aprovados os estatutos nesses moldes, o banco deveria funcionar. Já naquele tempo, Dr. Miguel pregava o seguinte: "Quem for progressista neste País arvore esta bandeira: empréstimos a juro módico e longo prazo sem o que não pode haver progresso”. Infelizmente, o banco "popular", como se diria hoje, não se tornou realidade, em função da insensibilidade palaciana de então. Senhoras e Senhores Senadores, por tais fatos não poderia deixar de homenagear este ilustre brasileiro. Espero que a divulgação destas informações contribua para alimentar a memória histórica do Brasil. Muito obrigado. (Senador Juvêncio da Fonseca - 12 de Dezembro de 2000) Vida Militar: Segundo o Almanak Laemmert de 1858, à Página 273, era Alferes Aluno do Exército; de 1862, à Página 273, era Segundo Tenente à disposição do Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros, na Ladeira do Livramento, no. 7, na Corte. Obra: Ensaio sobre a Filosofia Natural – Monografia. // O Cristo no Júri. Tradutor: Do Futuro dos Povos Católicos – Laveleye, Emile. Publicada em São Paulo, Casa Editora Presbiteriana, em 1944. Homenagens: Dr. Miguel é nome de Ruas e Praças em diversas cidades brasileiras. As Biografias: Pela sua biografia brilhante ainda hoje Miguel Vieira Ferreira é tema de diversas teses, algumas disponíveis na Internet. Fé de Ofício: Certamente não foi um dos mais brilhantes oficiais que o Exército teve: Data de Praça: 3 de Janeiro de 1855. Data de Reserva: 27 de Setembro de 1911. Vida Escolar: Escola Central de 1855 a 1859. Vida Profissional: 1º Batalhão de Infantaria. Cursos: Bacharel em Ciências Físicas e Matemáticas. Promoções: 1º Cadete em 27 de Janeiro de 1855. Alferes em 4 de Junho de 1854. 1º Sargento em 14 de Janeiro de 1893. Subtenente em 3 de Novembro de 1894. 1º Tenente em 27 de Agosto de 1905. Comissão: Participou da Comissão Demarcatória dos Limites do Império com o Peru. À disposição do Ministério dos Negócios Estrangeiros (Fé de Oficio Pasta-II-110 -SAP –AHEX - Almanaque de Oficiais- 1855- 1860 AS- AHEX - Requerimentos de Militares: Letra M- Maço 211- Pasta- 5706 AS- AHEX - Pesquisa realizada por Alcemar Ferreira Junior). Casamentos: Casado, em 13 de Janeiro de 1862, com sua prima Maria da Glória Gomes de Sousa, nascida em São Luis, em 18 de Dezembro de 1839 e falecida no Rio de Janeiro em 20 de Novembro de 1912, filha do Major Ignácio José Gomes de Sousa e de Dona Antonia Gertrudes de Brito Magalhães Cunha. (V. Meus 6º Avós, José Antonio Gomes de Sousa e Luiza Maria da Encarnação). Ficha no Colégio Brasileiro de Genealogia: Filho de Ten. Coronel Fernando Luiz Ferreira e de ? Com Maria da Glória Gomes de Souza. Nascida Rio 18/12/1838 Faleceu 20/11/1912. Filha do Major Inácio José Gomes de Souza. Filhos: Carlos, Regina e Cel. Joaquim Vieira Ferreira (n. 25/03/1875) (Pesquisa Ana Carolina Nunes) Com Geração. Foram pais de 8 filhos legítimos. Dr. Miguel Vieira Ferreira manteve relação marital com Dona Elizabeth Burgun, depois chamada Isabel Vieira Ferreira, nascida em Bristol em Inglaterra no dia 29 de Fevereiro de 1856, que veio ainda menina para o Brasil com seus pais Henry Burgum e Hannah Burgum, que aqui no Rio faleceram. Foram Pais de um único filho, Israel Vieira Ferreira, 3º Pastor da Igreja Evangélica Brasileira.
Destaques na Descendência
Antonio Vieira Ferreira. General de Artilharia, nascido em 23 de Maio de 1906. Falecido em 25 de Outubro de 1977. Genealogista: Devemos ao General Antonio Vieira Ferreira, com suas notas e pequenos resumos históricos, as informações fundamentais para que se iniciasse a pesquisa da Família Vieira Ferreira.
Carlos Vieira Ferreira. Cônsul do Brasil em Roma. Capitão e Médico. Nascido em 28 de Julho de 1867. Faleceu em Roma, como Cônsul do Brasil, em 1945. Ainda estudante do Colégio Pedro II arriscou a vida para salvar a do Barão do Ladário, então Ministro da Marinha, e muito amigo de seu pai Miguel.
Cristina de Paula Fernandes Braga. Nascida em 14 de Janeiro de 1966. 1ª Harpista do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Compositora.
David Vieira Ferreira Levy. Engenheiro. Nascido em 17 de Abril de 1961. Gêmeo de Joaquim. Diretor do BID, Banco Internacional de Desenvolvimento.
Fernando Vieira Ferreira. Tenente Coronel Graduado da Polícia Militar do Distrito Federal. Nascido em 31 de Julho de 1880, no Rio de Janeiro. Falecido em 25 de Setembro de 1946. “Cartas Falsas”: Em 1922, antes da posse do Presidente Arthur Bernardes, Fernando declarou para seus pares que não serviria sob as ordens desse Presidente, que não apreciava, principalmente, pela célebre “questão das cartas”. No início de 1923, foi-lhe concedida reforma, a pedido, no posto de Tenente Coronel Graduado. Até essa ocasião era Major sub-Comandante do Regimento de Cavalaria da Polícia Militar do Distrito Federal, no Rio de Janeiro, na Avenida Salvador de Sá. Em 1924, comprometeu-se com amigos a assumir o comando do Regimento de onde acabara de se afastar, em uma Revolução que vinha sendo tramada. Denunciado, logo em seguida por um “amigo” participante das reuniões - ficou preso algum tempo no Presídio da Ilha das Flores, no Rio, em companhia de vários oficiais das Forças Armadas e vários cidadãos civis. (General Antonio Vieira Ferreira)
Joaquim Vieira Ferreira Levy. Economista e Engenheiro Naval. Nascido em 17 de Fevereiro de 1961. Bacharelado em Engenharia Naval, pela UFRJ, de 1979 a 1984. PhD em Economia pela Universidade de Chicago, de 1987 a 1992, com dissertação sobre estimação da distribuição de probabilidades implícita no preço de opções de câmbio. Mestrado em Economia, pela Fundação Getúlio Vargas, de 1986 a 1987, com tese sobre congelamento parcial e excesso de demanda. Diretor da Secretaria de Fazenda, no Governo de Fernando Henrique Cardoso. Diretor do Tesouro Nacional no Governo de Luís Inácio Lula da Silva. Secretário Estadual de Fazenda do Governo do Rio de Janeiro, no Governo de Sérgio Cabral.
Joaquim Vieira Ferreira Sobrinho. Coronel de Infantaria. Nascido em 25 de Maio de 1875. Falecido em 16 de Dezembro de 1944. Participou da Revolta dos 18 do Forte. Levantou a questão das “Cartas Falsas ou Verdadeiras” atribuídas ao Presidente a ser empossado em 15 de Novembro de 1922, Dr. Arthur Bernardes, sofrendo grande perseguição no final de sua carreira. Escreveu “Studio Geográfico”, tendo sido premiado com o “Gran Premio all´Espozione Nazionale Del Brasile nel 1908”. Em 1912, o Coronel Vieira Ferreira lança o 1º jornal da Leopoldina para atender a comunidade da Praia Formosa à Petrópolis: O Cosmopolita. Proprietário da Praia de Ramos: Em 1910, o Coronel compra a Praia do Apicú – antigo nome da Praia de Ramos – e adjacências, último reduto da Fazenda do Engenho da Pedra, iniciando a obra dos seus sonhos: ruas urbanizadas, escola profissional para meninos órfãos e ensino primário. Surgiam então a Vila Gerson e a Praia de Ramos.
Lígia Maria Vieira Ferreira. Jornalismo e Comunicação. Nascida em 31 de Maio de 1951. Foi, por muitos anos, apresentadora do Jornal Hoje, da TV Globo.
Luís Vieira Ferreira Sobrinho. Capitão de Cavalaria. Nascido em 7 de Outubro de 1865. Destacou-se no “Cerco da Lapa”, na Revolução Federalista, no Paraná, em 1893.
Remígio Cerqueira Leite. Coletor Federal. Nascido em 16 de Janeiro de 1885. Falecido em 20 de Janeiro de 1956.
Ruth Carvalho Vieira Ferreira (*), nascida em 10 de Janeiro de 1921. Falecida em 2008, no Rio de Janeiro. Guardiã da Memória da Família, contribuindo com fotos, fatos preciosos e com o Diário de Fernando Luis Ferreira.
Sylvio Vieira Ferreira Levy. Cientista de destaque internacional. Nascido em 24 de Maio de 1959, no Rio de Janeiro. Conforme matéria do Diário de Notícias, aos 3 anos lia e escrevia, e aprendeu sozinho. Concluiu o Curso do Instituto Militar de Engenharia, aos 17 anos. Phd pela Universidade de Princeton. Professor de Matemática Pura em Princeton, Nova Jersey, EUA. É poliglota, fala seis idiomas. É considerado um dos melhores tradutores acadêmicos do momento.
Tancredo de Almeida Neves Neto. Nascido 27 de Fevereiro de 1974. Filho de Elizabeth da Silva Chaves e Tancredo Augusto Tolentino Neves. Neto paterno do Presidente Tancredo Neves e de Dona Risoleta Guimarães Tolentino.
2.4 Ana Rita Vieira Ferreira. Membro da Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro e São Paulo. Nascida em 11 de Dezembro de 1843. Batizada em 1 de Janeiro de 1843, em Pirangi, pelo Frei Antonio Manoel. Foram seus padrinhos o concunhado de seu pai, José Pereira da Silva Borja Coqueiro e sua tia paterna, Maria Amália Ferreira. Falecida em 7 de Novembro de 1915. “Minha filha Ana Rita foi para o Rio de Janeiro em 9 de Fevereiro de 1871, levando em sua companhia as filhas Luiza e Estephania, e sua escrava Fellipa, no vapor Arinos”. (Diário de Fernando Luis Ferreira). Dona Anna Rita transferiu-se da Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro para a de São Paulo. Casamento: Casada, em 8 de Fevereiro de 1862, com o Alferes do 5º Batalhão de Infantaria e depois Capitão Antonio Nogueira Pinto, nascido em 21 de Dezembro de 1831 e falecido em 5 de Maio de 1862, filho de Dona Anna Pinto. Com Geração. A Separação: Na biografia de Carlos Gomes de Sousa Shalders, seu genro, elaborada pela Escola Politécnica da USP encontramos o seguinte relato, comprovando a separação de Ana Rita Vieira Ferreira e o Capitão Antonio Nogueira Pinto: “Cedo contraiu matrimônio, um ano antes da formatura, pelo fato do pai de sua enamorada, Estephania Ferreira Pinto, Fanny entre os mais íntimos, tê-la abandonado. Assim, prematuramente ele viu-se na contingência de assumir o posto de chefe de família. Desse enlace, então, nasceram seis filhos”.
2.5 Joaquim Vieira Ferreira, que segue.
2.6 Maria Clara Vieira Ferreira. De apelido Maricota. Nascida em 26 de Setembro de 1844. Falecida em 21 de Agosto de 1936. Casamento: Casada com o Tenente Braz Nogueira Pinto, nascido em 5 de Janeiro de 1844 e falecido em 23 de Novembro de 1899, irmão do seu cunhado Capitão Antonio Nogueira Pinto, filho de Dona Anna Nogueira Pinto. A Viagem para Santa Catarina: O Tenente Braz Nogueira Pinto viajou com a família para o sul porque o marido foi trabalhar com o cunhado Joaquim Vieira Ferreira na fundação das colônias de Azambuja e Urussanga: “Numa das canoas ia com a família, o tenente Braz Nogueira Pinto, com destino a um sítio na foz do rio do Pouso, à margem esquerda do Tubarão. Constava desse grupo, além do chefe, de sua senhora, Dona Maria Clara, irmã de meu Pai, de seus filhos Antonio e Catarina, e de uma parda da casa, a Luiza Amália, todos maranhenses”. (Azambuja e Urussanga, Página 23 - Desembargador Vieira Ferreira) Com Geração.
Destaques da Descendência
Gerson Ferreira Pinto. Flautista. Saxofonista. Engenheiro Químico. Nascido em 20 de Janeiro de 1939. De nome artístico Chorão. Verbete do Dicionário de Música Popular Brasileira de Ricardo Cravo Alvim.
Gisele Martini Ferreira Pinto. Cantora. Nascida em 25 de Setembro de 1967. "Fenomenal!” (Chico Buarque) "Ouvindo cantoras como você, sei que cumpri minha missão de compositor”. (Aldir Blanc). De nome artístico Giselle Martine. Escreveu a biografia: Meu pai, o Chorão.
2. JOAQUIM VIEIRA FERREIRA casado com ELISA AUGUSTA DO VAL, Patriarcas da 2ª Geração da Família Vieira Ferreira.